- Correio Braziliense
"CTRL C, CTRL V"
Diante da denúncia de jogadas para lá de ensaiadas na CPI da Petrobras no Senado, o PSDB decidiu investigar se o mesmo havia ocorrido na CPI Mista, relatada pelo deputado Marco Maia (PT-RS). Bingo! As perguntas feitas por Marco Maia à presidente da Petrobras, Graça Foster, na sessão da CPMI de 11 de junho são, em muitos casos, idênticas àquelas feitas por José Pimentel (PT-RS) na CPI do Senado, inclusive as vírgulas. Hoje, na sessão do Senado, a intenção é dizer que a CPI Mista também está contaminada, uma vez o relator praticamente copiou o mesmo esquema montado na CPI do Senado.
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A assessoria de Maia já começou a preparar a defesa do deputado e da CPMI. Há quem diga que ele realmente usou parte das questões feitas por Pimentel, uma vez que ainda não havia documentos ou apurações capazes de embasar a audiência com fatos novos.
Aposta dos políticos
A partir de agora, começará um tal de "eu não sabia" em relação à denúncia envolvendo a CPI. Se sobrar para alguém, será para os assessores.
Expectativas
Peemedebistas se preparam para acompanhar de perto o depoimento de Jorge Zelada na CPI da Petrobras essa semana. Afinal, Zelada chegou ao cargo de diretor internacional indicado pelo partido. A estratégia é defendê-lo, uma vez que ele assumiu depois de Nestor Cerveró, autor do parecer técnico que levou à compra de Pasadena.
A hora dos temas agrícolas I
O debate dos presidenciáveis na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promete jogar luz sobre a guerra envolvendo veterinários, Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal, pecuaristas e frigoríficos em torno do vermífugos de longa duração — avermectinas. O produto foi proibido por Instrução Normativa do Ministério da Agricultura há quase dois meses, e o assunto foi parar na Justiça. Circula nessa área a notícia de que a proibição se deu sem embasamento técnico. A ordem teria partido da Casa Civil, atendendo a um pedido do grupo JBS/Friboi. Tanto a Casa Civil quanto o grupo JBS negam participação no episódio.
A hora dos temas agrícolas II
Entre os políticos, a aposta é a de que Eduardo Campos é quem terá mais dificuldades em lidar com os produtores rurais por causa da sua candidata a vice, Marina Silva. O desafio do socialista será fazer um discurso que não melindre a parceira de chapa e ainda conquiste votos no setor. Até aqui, Marina afugentou os ruralistas da campanha de Eduardo.
Olha a fila!/ Os deputados que vierem a Brasília hoje devem se preparar para uma longa espera em caso de votação nominal no plenário improvisado no auditório Nereu Ramos. Há apenas 18 postos de votação para 500. Outros quatro postos são para as pessoas com necessidades especiais.
Boca fechada.../ Enquanto o senador José Agripino (foto) discursava ontem no plenário do Senado, não apareceu sequer um governista para defender a Petrobras, a presidente da empresa, Graça Foster, ou o governo. Nem mesmo quando ele citou que a presidente Dilma Rousseff deveria responder pelos atos da empresa, como corresponsável, uma vez que era presidente do conselho deliberativo.
... E corpos em evidência/ A ordem no governo é tentar isolar a manipulação da CPI no âmbito do Congresso. O problema é que Paulo Argenta é assessor do governo. E José Eduardo Dutra, diretor da Petrobras e ex-senador, esteve em 26 de maio no Congresso, véspera do depoimento de Graça à CPI do Senado. Ele foi até o gabinete do presidente da Comissão, Vital do Rêgo Filho, acompanhado do relator José Pimentel. Ficou lá 40 minutos, conforme publicado à época com exclusividade por esta coluna.
A festa dos suplentes/ Com tantos senadores que renunciaram ao mandato (foram oito), a maioria porque se elegeu para governador, e outros de licença, o plenário virou a casa dos "subs". Ontem, por exemplo, início de semana, à exceção dos oposicionistas sempre presentes (Agripino, Álvaro Dias, Aloysio Nunes Ferreira), foi a vez dos segundos suplentes no exercício do mandato, Fleury (DEM-GO), Rubens Fiqueiró (PSDB-MS) e Antonio Aureliano (PSDB-MG).
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