O Estado de S. Paulo
A história deu razão ao partido. Os projetos estruturantes dos governos tucanos seguem presentes na vida dos brasileiros
A inflação alcançou a casa de dois dígitos,
a economia está estagnada e o desemprego cresce dia após dia. O cenário é
desolador: a desconfiança que já existiu no período da hiperinflação está de
volta, prejudicando os brasileiros, especialmente os mais pobres. A maior
conquista da economia brasileira, o Plano Real, sofre ameaças, depois de 27
anos. Precisamos novamente de um governo responsável, que derrote a inflação e
garanta uma moeda forte, com recuperação da confiança, dos empregos e do poder
de compra.
A história deu razão ao PSDB. Os projetos estruturantes implantados nos governos tucanos seguem presentes na vida dos brasileiros. O Plano Real, de Fernando Henrique Cardoso, a integração do Brasil ao mundo, o fortalecimento do SUS, as campanhas de vacinação, os remédios genéricos de José Serra, as escolas técnicas de Geraldo Alckmin, a universalização do ensino básico de Paulo Renato, o combate à pobreza de Ruth Cardoso, o olhar municipalista de Franco Montoro, o Poupatempo de Mário Covas e, mais recentemente, a vacina: tudo o que o PSDB construiu permanece vivo e atual.
O Bolsa Escola criou as bases para o Bolsa
Família, que agora vira Auxílio Brasil. O Fundef foi transformado em Fundeb. O
Enem começou como avaliação de desempenho, ainda mais necessário hoje do que no
seu nascimento. Privatizações e concessões melhoraram os serviços e a
infraestrutura. O SUS, os genéricos e as vacinas seguem salvando vidas. Mesmo
medidas que nasceram para ser pontuais, como o Vale Gás, retornaram agora,
diante da carestia provocada pelos governos que sucederam ao PSDB.
O Plano Real, apesar de atacado por
populistas, oportunistas e aventureiros, sairá desta crise ainda maior do que
os governos que tentaram destruílo. A história provou que nunca houve “herança
maldita”. Houve, sim, a apropriação indébita, pela esquerda e pela direita, de
projetos que sempre beneficiaram todos os brasileiros. Projetos que nunca se
destinaram a comprar apoios de juízes, parlamentares, corporações, imprensa ou
sindicatos.
A permanência e a durabilidade dessas
iniciativas do PSDB se devem à qualidade das propostas e ao fato de elas
atacarem os problemas reais. Os governos vão e vêm, as soluções dadas pelo PSDB
ficam. Porque a qualidade das propostas depende de um partido protagonista,
vocacionado para a boa gestão. Um partido que tem os melhores quadros do Brasil
e que cumpre seus compromissos de campanha.
Gestão eficiente produz resultados
eficientes. Mesmo diante da maior crise sanitária da nossa história ou do
governo mais negacionista do planeta. Nos últimos três anos, São Paulo cresceu
quatro vezes mais do que a média nacional. Assumimos um Estado endividado em
mais de R$ 10 bilhões, com 200 grandes obras paradas. Recuperamos a capacidade
de investimento do governo estadual. São R$ 22 bilhões neste ano e R$ 28
bilhões de novos investimentos em 2022. Temos mais de 8 mil obras em andamento,
com recursos do Estado. Fazemos mais quilômetros de estradas em São Paulo que o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Brasil. Investimos
em ciência o dobro do que investiu o governo federal. Trouxemos a vacina que o
presidente da República nunca quis comprar.
Nas suas propostas para o Brasil, o PSDB
irá além da gestão eficiente, da volta ao passado ou do conserto de medidas
equivocadas. O PSDB será inovador. Vamos erguer as bases estruturais para mais
30 anos, tal qual o Plano Real abriu o caminho que nos trouxe até aqui.
Colocaremos em prática uma nova agenda, com medidas contra o aquecimento global
e com preservação do meio ambiente. Incentivaremos a economia circular, de
baixo carbono, tecnológica e digital, com comunicação 5G. Vamos transformar o
Brasil pelo caminho do que é o certo: educação de qualidade, com creches,
escolas de tempo integral e ensino técnico. Vamos recuperar os empregos com a
atração de investimentos e a retomada de obras de infraestrutura para reduzir o
custo Brasil. Vamos negociar globalmente, com China, Estados Unidos, União
Europeia e Oriente Médio. E fortalecer o comércio com o Mercosul e os outros
vizinhos continentais.
O melhor programa social é o emprego. Ele
garante a comida no prato. Empregos vêm com investimentos. E, para isso,
precisamos recuperar a confiança mundial e atrair parceiros internacionais para
os grandes projetos do Brasil. O PSDB conhece a força empreendedora dos
brasileiros e valoriza o empreendedorismo.
Somos, também, um partido social-democrata
que acredita na importância do Estado para o desenvolvimento da ciência, para a
redução das desigualdades e para garantir a dignidade das pessoas em situação
de extrema pobreza. Um país que é celeiro do mundo não pode ter 30 milhões de
pessoas com fome, vivendo com menos de R$ 9 por dia. É preciso oferecer mais
oportunidades para todos.
É mandatório inovar nas políticas para as
mulheres, no combate ao racismo e no respeito à diversidade. O partido dos
genéricos, da Lei de Responsabilidade Fiscal, a legenda que regulamentou o
seguro-desemprego e que garantiu a vacina aos brasileiros está de volta. Mais
forte do que antes. Para voltar a ser protagonista e consertar o Brasil.
*Governador do Estado de São Paulo
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