Ao lado de Rui Falcão, ela disse ao vice que seu aliado preferencial é o PMDB
Presidente reafirmou seu apoio à eleição de um peemedebista à presidência da Câmara dos Deputados em 2013
Catia Seabra
BRASÍLIA - Um dia depois do jantar de reconciliação com os governadores Eduardo Campos (Pernambuco) e Cid Gomes (Ceará), ambos do PSB, a presidente Dilma Rousseff afirmou ao vice-presidente, Michel Temer, que seu aliado preferencial é o PMDB.
O aceno tem duas finalidades. Além de uma demonstração de agradecimento pela rápida adesão do PMDB à candidatura do PT em Belo Horizonte, serve como antídoto contra a desconfiança de que ela poderá privilegiar o PSB numa eventual aliança por sua reeleição, em 2014.
Na presença do presidente do PT, Rui Falcão, Dilma reafirmou a Temer o compromisso com a eleição de um peemedebista para a presidência da Câmara em 2013. O escolhido do PMDB é Henrique Eduardo Alves (RN).
Os três discutiram como PT e PMDB podem atuar de forma complementar. Realizada no Palácio do Planalto, a reunião evidencia que o mal-estar entre PT e PSB persiste.
Ainda é grande a irritação de Dilma com o PSB mineiro, que, para satisfazer o senador Aécio Neves (PSDB-MG), alijou o PT da chapa pela releição do prefeito Márcio Lacerda (PSB). Outro fator de desgaste é o inconformismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a aliança de Campos com o ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos, caso raro de peemedebista oposicionista.
No PT, consolida-se a tese de que o PMDB apresenta-se hoje como parceiro mais fiel.
Enquanto Dilma traçava planos com Temer e Falcão, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) apelava, no Congresso, para que petistas se unam em Pernambuco para derrotar o candidato de Campos à Prefeitura de Recife.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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