Caio Junqueira
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem em jantar de "confraternização petista", na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), que a bancada do PT é a principal "infantaria" dela no Congresso.
Para os deputados petistas, as conversas paralelas de Dilma durante o jantar sinalizaram que ela avalia fazer uma reorganização da base governista na Casa, pois teria dúvidas se vale mais uma base "ampla e solta a uma mais restrita e fiel". Dilma não discursou, mas tirou fotos e teve conversas "sociais" com os deputados. Perguntou a cada um sobre o cenário eleitoral em suas bases e, segundo parlamentares, elogiou a atuação da Câmara por ter votado todos os projetos por ela encaminhados.
O clima de entendimento entre Dilma e Marco Maia gerou rumores de que o presidente da Câmara teria conseguido indicar um vice-presidente para o Banco do Brasil. A única vice-presidência vaga é a de Varejo, Distribuição e Operações. A assessoria do BB informou que o cargo ainda não foi preenchido. Há uma semana, Marco Maia pôs na pauta de votação da Câmara projetos que desagradam o Executivo.
Ministros do PT também estiveram no jantar, como Alexandre Padilha (Saúde), Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento) e Paulo Bernardo (Comunicações). A presidente falou ainda sobre a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que os médicos pediram para não procurá-lo tanto em razão da recuperação de sua voz. "Foi um gesto simpático dela. Estava fazendo falta um "carinho da mamãe". Isso dá prestígio e repercurte dentro no governo", disse um dos presentes.
FONTE: VALOR ECONÔMICO
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