sábado, 26 de janeiro de 2013

Contra a presidente, PSDB estuda acionar a Justiça

Tucanos acusam Dilma Rousseff de usar modelo da campanha eleitoral de 2010 no pronunciamento em rede nacional, quando ela anunciou redução da conta de luz

Alice Maciel

O PSDB analisa a possibilidade de entrar na Justiça contra o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, feito em rede nacional, na noite de quarta-feira, quando ela anunciou a redução da conta de luz para os consumidores residenciais e industriais. O partido informou ontem, por meio de nota, que sua assessoria comprovou a "presença de elementos publicitários no pronunciamento e a forte identidade com os filmes exibidos na campanha eleitoral e nos horários reservados à propaganda eleitoral".

Ainda segundo a nota, o pronunciamento de Dilma Rousseff tem a mesma montagem gráfica dos programas partidários da campanha presidencial de 2010. "Os enquadramentos são muito parecidos, o uso de legendas e até mesmo a fonte em itálico remete aos programas usados nas campanhas ou nos programas do PT. Chama especial atenção para a grafia do sobrenome da presidente", acusa o partido.

Os tucanos alegam também que, na abertura do pronunciamento da presidente, na quarta-feira à noite, foi usada a logomarca publicitária do governo federal — "divulgada nas propagandas do governo e das empresas públicas federais" — no lugar do brasão.

Roupas vermelhas

Além disso, eles sustentam que o anúncio da presidente usou recursos gráficos publicitários semelhantes aos aplicados nos programas eleitorais de campanha. Até mesmo a roupa vermelha da presidente foi questionada pela oposição. "A presidente Dilma usou roupas vermelhas no pronunciamento oficial em uma clara referência às utilizadas na campanha de 2010 e nos programas partidários, fazendo alusão à cor do seu partido", afirmou o PSDB, por meio de nota.

Na quinta-feira, o PT rebateu as críticas da oposição. Em nota oficial, o líder do partido na Câmara, José Guimarães (CE), lembrou que "a conquista histórica" foi aprovada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional. Dilma anunciou uma redução do preço da energia maior do que a prevista originalmente — de 18% para residências e até 32% para indústrias — e aproveitou os oito minutos do programa para atacar a oposição.

Fonte: Correio Braziliense


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