quinta-feira, 30 de maio de 2013

Oposição vê ‘fracasso’ na política econômica

Os partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff criticaram o desempenho da economia no primeiro trimestre, que ficou abaixo do esperado. O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Nilson Leitão (PSDB-MT), criticou a atuação do governo, que teria influência no resultado do PIB. “Vejo esse resultado com preocupação e tristeza. O governo não fez a tarefa de casa”, afirmou.

Para o parlamentar, apesar do crescimento de 9,7% em relação ao quarto trimestre de 2012, o PIB da agropecuária não cresceu o que deveria. Ele criticou a falta de infraestrutura como fator que implica aumento de custos e redução da competitividade. “O agronegócio perde muito. Teria uma oportunidade de ter o dobro de lucro que tem hoje.”

Para o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), o governo insiste em medidas equivocadas. a pior do que o PIB de 0,6% é o governo insistir em remédios que já não dão certo para reativar a economia”, disse, em nota.

De acordo com Agripino Maia, o governo precisa mudar a política de criação de cargos e cortar gastos. “Insistem nas velhas fórmulas sem fazer o que é preciso cortar gasto público de má qualidade.”

Fracasso

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), assinalou que o governo de Dilma Rousseff "vem fra¬cassando nas tentativas de impulsionar o desenvolvimento econômico do País".

Para Ferreira, o País continua “parado e estagnado”. “O resultado é preocupante”, disse, ressaltando também que as contas externas do Brasil estão se deteriorando. Questionado se o resultado do PIB industrial (que¬da de 0,3%) mostra um fracasso das políticas de desoneração, o senador afirmou que as medi¬das não têm surtido efeito e, além disso, têm contribuído para aumentar o “rombo fiscal” do governo. “São decisões feitas ao sabor do momento.”

Segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), o governo não está conseguindo adotar medidas que façam a economia crescer, e isso é preocupante. “Isso evidencia que, ao longo do ano, nós teremos, no máximo, a continuar nessa posição, 2,4%. É muito abaixo de 3,5%, que foi a previsão do governo, e de 2,8%, que é a previsão do mercado. Não vejo motivo para comemo¬ração, vejo motivo para muita preocupação.”

Ao mencionar o “pibinho” de 2012, de 0,9%, Sampaio afirmou que os dados do IBGE re-forçam os problemas de falta de infraestrutura do País. Em sua avaliação, setores como a agricultura poderiam ter resultados mais expressivos se a questão do escoamento dos grãos estivesse resolvida. “O resultado é isso: um PIB baixíssimo, preocupante.”

Fonte: O Estado de S. Paulo

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