Manter a clientela
A presidente Dilma, segundo um de seus ministros, não está disposta a fundir ou cortar ministérios, como sugere o PMDB. O governo avalia que não faz muita diferença do ponto de vista do custeio. E, o que é pior , abriria conflitos com setores da opinião pública que têm peso nos movimentos sociais, como mulheres, negros, direitos humanos e pequenos produtores rurais.
A massa na rua e as eleições
Os deputados de todos os partidos estão mais preocupados do que de costume com as eleições de 2014. Os protestos ocorridos no Brasil são a razão de tanta inquietude. Normalmente, a renovação na Câmara é de cerca de 50%. Mais ou menos 25% disputam outros cargos ou largam a política, e outros 25% saem derrotados do pleito. Agora, ninguém sabe o que vai acontecer . Nem se a renovação será ainda maior que de costume. A única certeza que eles têm é que a insegurança deve ampliar bastante os gastos com a campanha. São muitos os que temem ser derrotados pelo espírito das ruas, sobretudo nos grandes centros, onde os eleitores tendem a ter mais informação.
A renovação vem aí
Nunca foi tão propício para novatos estrearem na política como em 2014. Depois da onda de protestos, o discurso está pronto: “Nunca fui político. Não sou dessa turma. Não tenho nada a ver com isso. Venho para consertar e sanear .”
“Mesmo com toda essa queda, este momento de inflexão de Dilma é maior do que o ponto mais baixo de Lula (28%) e de FHC (13 %)” João Santana, Marqueteiro da presidente Dilma
Mesma freqüência
O Papa Francisco, num de seus pronunciamentos, durante a Jornada Mundial da Juventude, relata um interlocutor junto à CNBB, mencionará as recentes mobilizações no Brasil. Sua visão é que esse clamor que tomou as ruas do país é expressão da “política com P maiúsculo ”. O Papa é favorável ao diálogo da religião com a política
Versatilidade
A presidente Dilma costuma despachar todos os dias com o general José Elito (GSI) dentro do elevador , no percurso que vai da garagem até a porta do seu gabinete, no terceiro andar .
Entre perdas e ganhos
Os estrategistas políticos do Planalto e do PT estão fazendo balanço minucioso das mobilizações que tomaram conta do país. A principal conclusão a que chegaram “é que não há nenhum líder da oposição ou partido que seja capaz de catalisar e encarnar a revolta popular”. Por conta dessa avaliação, consideram que “a recomposição da presidente Dilma é mais fácil”.
Rebeldia premiada
Está tudo caminhando para que o baiano Fábio Motta assuma a Secretaria Executiva do Ministério do Turismo. Seria uma forma de contemplar o grupo do vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima
No espaço vazio
Diante do fato de que os ministros Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante não devem disputar o governo de São Paulo, petistas estão colocando na mesa o nome de Marta Suplicy (Cultura).
NA MP DO MAIS MÉDICOS, o governo não faz questão de aprovar o estágio obrigatório de dois anos no SUS. E vai usar esse item da proposta como concessão.
Fonte: O Globo
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