Nicola Pamplona, Luiza Franco – Folha de S. Paulo
RIO - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu o pacote anunciado nesta sexta (4), dizendo que o Estado precisa de "medidas amargas" para enfrentar a crise e que um dos objetivos foi preservar os empregos.
"Eu sei que [as medidas] impactam muito a vida do servidor. Mas estamos procurando ao máximo preservar os empregos. Em nenhuma das medidas estamos demitindo funcionários", afirmou ele.
Com o pacote, o governo espera zerar o deficit do Estado entre 2022 e 2023. Em 2016, o rombo já chega a R$ 17,5 bilhões.
Segundo o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, caso não as medidas não seja adotadas, em dois anos o deficit superaria os R$ 50 bilhões.
O pacote aumenta a alíquota de ICMS de fumo, energia elétrica, gasolina, cerveja e chope, refrigerante e serviços de telecomunicações (30% para 32%).
Com isso, o governo espera elevar a arrecadação em ao menos R$ 1,4 bilhão.
Serão revistos também subsídios ao Bilhete Único do transporte intermunicipal, com aumento da tarifa de integração de R$ 6,50 para R$ 7,50. Haverá um limite (R$ 150 por mês) de gasto para cada usuário.
O governo extinguiu os programas sociais Aluguel Social, que atende famílias removidas de área de risco ou desabrigadas, Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, para famílias de baixa renda. A previsão é que o fim desses programas gere economia de R$ 267,4 milhões por ano.
NA CARNE
Para mostrar que está cortando na própria carne e tentar reduzir a resistência ao pacote, cortou o número de secretarias de 20 para 12 e extinguiu sete autarquias e fundações.
As medidas reduzem em 30% os cargos de comissão e 50% as gratificações de cargos especiais e vão resultar em uma economia de R$ 206 milhões por ano.
Os salários do governador, vice-governador, secretários, subsecretários, chefes de gabinete e presidentes de estatais, autarquias e fundações serão cortados em 30%.
"São medidas duras e ninguém aqui está satisfeito. Longe de mim, como gestor, querer tomar as medidas que estamos tomando", disse Pezão
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