quinta-feira, 21 de março de 2013

Alckmin amplia espaço do PSB em São Paulo

Preocupado com reeleição, governador tucano leva aliados de Eduardo Campos a seu grupo de 'conselheiros'

Aproximação preocupa partidários de Aécio Neves (PSDB), que tem no pernambucano um potencial rival em 2014

Daniela Lima

SÃO PAULO - Preocupado em ser reeleito em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ampliou a participação de aliados do pernambucano Eduardo Campos (PSB) em sua gestão.

Presidente do PSB e governador de Pernambuco, Campos é apontado como opção à polarização entre o PT e o PSDB na eleição presidencial de 2014 e disputa a atenção de partidos da oposição com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), correligionário de Alckmin.

Aliados do mineiro se preocupam com a posição de Alckmin e temem que o acerto com Campos acabe dividindo o palanque tucano em São Paulo.

O PSB é da base do governo Dilma Rousseff, mas tem deixado cada vez mais claro que pretende disputar a Presidência em 2014.

Hoje, entre os principais aliados de Alckmin (DEM, PPS, PTB e PDT), o PSB é o que tem o maior tempo de propaganda eleitoral a acrescentar ao tucano: 1min10s.

Alckmin teve dois encontros privados com Campos desde o fim de 2012. De lá para cá, tem dado declarações de apoio à candidatura do pernambucano, e levou o presidente do PSB-SP, Márcio França, ao seu núcleo mais próximo de "conselheiros".

França, que indicou o chefe da Secretaria de Turismo no Estado, passou a ser convocado para reuniões privadas na residência do governador, aos fins de semana. Alckmin também não descarta dar uma secretaria maior ao partido.

No domingo, por exemplo, França participou de uma conversa em que Alckmin discutiu estratégias com só cinco dos seus 26 secretários.

Alckmin ainda pediu a França que representasse a bancada paulista em evento que promoveu para mais de 600 prefeitos, na semana passada. O pessebista foi o único parlamentar a ocupar o palanque junto do governador.

"Há muita gente no PSDB que é simpático à candidatura do Eduardo (Campos). Portanto, a aproximação com o governador Alckmin é boa para os dois lados", diz França.

Campos tem interesse em estreitar as conversas com o governador pois precisa garantir palanque no maior colégio eleitoral do país, caso seja candidato

Fonte: Folha de S. Paulo

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