quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Diário do Poder - Cláudio Humberto

Garotinho e os black blocs
Um dos primeiros a assinar a criação da CPI Mista dos Black Blocs, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) tem sido apontado como principal articulador contra a investigação. Os adversários acham que ele teme o trabalho da CPMI identificando os políticos que estariam por trás dos protestos violentos, segundo revelaram os assassinos do cinegrafista Santiago Andrade. Mas, publicamente, Garotinho defende a CPMI. Opõem-se à CPI o PSOL do deputado Marcelo Freixo, primeiro político citado, e o PT, que combatem o governo Sérgio Cabral (PMDB) no Rio. O PMDB apoia a CPI dos Black Blocs e acha que protestos violentos contra Cabral seriam bancados por Garotinho e Lindbergh Farias (PT). Solidariedade e o PMDB coletam assinaturas na Câmara e no Senado para criar a CPMI. Em apenas um dia, conseguiram mais de cem. Segundo líder do Solidariedade, Fernando Francischini (PR), a CPMI vai quebrar os sigilos de Elisa Quadros, a "Sininho".

Foi só padrasto
O ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário-foto) bancou os R$ 2,1 bilhões das 5.725 máquinas e caminhões distribuídos a prefeituras, por isso andou se queixando de que o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fez pose de pai do programa com dinheiro do ministério alheio.

Aperto
Servidores apertam a corregedoria do Itamaraty contra a impunidade do embaixador Américo Fontenelle, denunciado há mais de um ano por assédios moral e sexual contra funcionários do consulado-geral em Sidney, na Austrália. O Sinditamaraty deu prazo de 10 dias para que o corregedor do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Heraldo Póvoas Arruda, explique a demora para concluir o processo.

Banho-maria
Processo Administrativo Disciplinar que apura as acusações contra Américo Fontenelle foi instaurado em 6 de maio de 2013.

Embromation
A comissão que investigou o assédio, presidida pelo embaixador Antônio José Rezendo, teve prazo encerrado, concluído, prorrogado...

Ficha corrida
Pela assessoria, o Itamaraty repete a lorota de não se pronunciar sobre processo em andamento, mas não explica a demora.

Quer governar
Nem presidente, nem senador. O que fascina neste momento Joaquim Barbosa é disputar o governo do Rio de Janeiro. Mas terá de escolher um "partido de mentirinha", como ele classifica a todos, sem exceção.

Em espera
A presidente Dilma conversou ontem, por telefone, com o vice Michel Temer, e prometeu a ele voltar às tratativas sobre reforma ministerial na semana que vem, quando ela chega da viagem a Roma e Bruxelas.

Isolados
Em pé de guerra com Dilma, líderes do PMDB no Senado, Eunicio Oliveira, e na Câmara, Eduardo Cunha, só se posicionaram próximos a ela, no jantar no Palácio Jaburu, sob pressão do partido.

Agenda
A decisão de Lula de percorrer 20 cidades de Minas ao lado do ex-ministro Fernando Pimentel, candidato do PT ao governo, faz parecer à oposição que o ex-presidente é candidatíssimo este ano.

Frase
“Acho essa decisão um absurdo"
Renan Calheiros, presidente do Senado, e a decisão do STF de liberar supersalários

Sem glamour
O chanceler Luiz Alberto Figueiredo almoçou ontem em um restaurante de comida a quilo, no Pier 21, em Brasília. Sozinho. Pacientemente, ainda enfrentou 20 minutos de fila para pagar a conta.

Conversa fiada
Presidente do PV, José Luiz Penna garante que não se reuniu com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, para tratar de sua candidatura a senador ou presidente pelo partido: "Nosso nome é Eduardo Jorge".

Fonte: Diário do Poder

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