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É lamentável que a presidente Dilma Rousseff tenha se acovardado e resolvido não falar aos brasileiros por ocasião das comemorações pelo 1° de Maio.
Quem sempre se mostrou tão loquaz, agora evita dirigir-se à população numa data de tanto simbolismo para os brasileiros. Por que será que a presidente eleita pelo partido que se diz “dos trabalhadores” teme tanto os trabalhadores?
Dilma deveria dirigir-se à nação para explicar por que promove o maior arrocho recessivo da história recente do país, que tanto penaliza quem trabalha e produz.
Seu governo bate todos os recordes negativos da história recente: a maior inflação em 20 anos, os piores resultados fiscais em 17 anos, mais baixos níveis de confiança desde o início do século, o menor crescimento econômico desde o governo Collor e a menor geração de empregos em mais de 15 anos, para citar apenas alguns exemplos.
Com a recessão, o torniquete aperta sobre a renda dos trabalhadores e sufoca o consumo. A saída – para quem pode – tem sido queimar os recursos guardados na poupança. A verdade é que tem sobrado mês e faltado salário no bolso dos brasileiros.
Impiedoso, o arrocho petista mira benefícios sociais e trucida direitos trabalhistas. A tesoura do ajuste só não cortou mais fundo porque o Congresso resistiu às investidas de Dilma e sua equipe econômica e impediu que a população fosse submetida a sacrifícios ainda maiores.
A recusa de Dilma em ocupar rede nacional de rádio e televisão também deixa claro, de uma vez por todas, a que se destinaram as mais de 20 convocações feitas anteriormente pela presidente: puro proselitismo político, marketing enganoso e propaganda ilegal, conforme a oposição não se cansou de denunciar.
Não adianta, porém, a presidente querer se esquivar de prestar contas. Não adianta querer evitar manifestações indignadas dos brasileiros. Cada um à sua maneira, com as formas que tem às mãos, cada brasileiro demonstrará a repulsa e o repúdio a um governo que não tem dado motivo algum para que os trabalhadores comemorem o seu dia.
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Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
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