domingo, 28 de agosto de 2016

Citados por Léo Pinheiro repudiam acusações

• Políticos apontam incoerências nos relatos e falta de provas

- O Globo

SÃO PAULO - Os advogados do ex-presidente Lula repudiaram as supostas declarações atribuídas ao empresário Léo Pinheiro, publicadas pela “Veja”. “Não se trata da verdade dos fatos, mas da mera versão que procuradores da República da Lava Jato — desesperados para incriminar Lula, mesmo sabendo de sua inocência — gostariam de impor para a concessão de delação premiada a pessoas submetidas a situação de ilegal submissão ou em situação processual desfavorável, caso de Léo Pinheiro”, diz a nota divulgada ontem.

Sobre o armazenamento de bens, a defesa do ex-presidente afirma que não há crime no pagamento feito pela OAS e que o Instituto Lula foi fundado em 2011, depois do término do mandato presidencial. O acervo, dizem os advogados, reúne documentos de interesse público e histórico e não são bens pessoais do ex-presidente.

O advogado de Paulo Okamotto, Fernando Fernandes, afirmou que não pode se manifestar sobre uma delação da qual não tem conhecimento do conteúdo formal.

— Esse material não cabia no Instituto Lula ou no apartamento do ex-presidente. Não há ilegalidade na OAS contribuir para evitar que o acervo estragasse — disse o advogado.

A assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff classificou como calúnias e mentiras as informações publicadas pela revista. Em nota, ela afirma que a agência Pepper “não foi fornecedora da campanha da reeleição” e que “Dilma não se utilizou do expediente de caixa 2”.

Maíra Salomi, advogada de Edinho Silva, afirmou em nota que a OAS detinha contratos com o PT, não com a campanha: “Todas as reuniões que Edinho Silva teve, como coordenador financeiro da campanha Dilma 2014, com o citado empresário foi para tratar de doações legais, declaradas ao TSE”.

O senador Aécio também repudiou as declarações referente a ele. “Trata-se das mesmas citações já publicadas há dois meses, sem a apresentação de quaisquer elementos ou provas que as atestem”.

Em nota, a assessoria do ministro José Serra afirma que, “ao contrário do que dá a entender a matéria, a licitação, a assinatura do contrato e o início das obras do trecho sul do Rodoanel aconteceram em 2006. O mandato de José Serra no governo de São Paulo teve inicio em 1º de janeiro de 2007”.

Hoje assessor do Ministério dos Transportes, Dário Lopes, acusado de envolvimento em propina no Rodoanel, disse desconhecer o caso: “Não estava mais secretário no período efetivo das obras e não dou opinião sobre o trabalho do MP”.

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