Fernando Rodrigues
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O Brasil tem hoje 27 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. À primeira vista é um número grande. Na prática, já ocorreu uma decantação no sistema. É difícil para os de fora do establishment político ter sucesso eleitoral.
Neste ano que termina, pela primeira vez em quase duas décadas, só três siglas (PMDB, PT e PSDB) obtiveram 50% dos votos nas eleições de prefeito nas cerca de 5.600 cidades. Avança a polarização entre dois grupos políticos (petistas e tucanos). Os demais ficam relegados a um segundo plano.
Não é à toa que a eleição de 2010 vem sendo dada como definida entre apenas José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Muita gente parece não se conformar com a decretação dessa inevitabilidade.
O problema é como viabilizar uma terceira via. Os partidos com poder para tal (PMDB e DEM) abdicaram de conquistar o Planalto.
Contentam-se em ser coadjuvantes. Construir uma nova sigla é tarefa inglória. O começo é do zero, sobretudo no rádio e na TV. Mas essa partidocracia petista e tucana pode sofrer um abalo. Chegou ao TSE uma consulta do deputado Miro Teixeira, do PDT do Rio. Miro é o mesmo que há alguns anos provocou um terremoto com a tese da verticalização das alianças. Agora, ele indaga algo simples.
Depois do advento da fidelidade partidária, o TSE considera legítimo um político deixar seu partido para criar uma nova legenda. Nesse caso, seria também legal o político levar consigo para a nova agremiação o patrimônio obtido nas urnas (o tempo de rádio e de TV)? Se a resposta for sim, placas tectônicas se movimentarão na política.
É possível até uma centena de peemedebistas, pedetistas e outros mais (mesmo tucanos e petistas) se juntarem para quebrar a escrita bipolar entre Serra e Dilma em 2010. Está nas mãos do TSE.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O Brasil tem hoje 27 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral. À primeira vista é um número grande. Na prática, já ocorreu uma decantação no sistema. É difícil para os de fora do establishment político ter sucesso eleitoral.
Neste ano que termina, pela primeira vez em quase duas décadas, só três siglas (PMDB, PT e PSDB) obtiveram 50% dos votos nas eleições de prefeito nas cerca de 5.600 cidades. Avança a polarização entre dois grupos políticos (petistas e tucanos). Os demais ficam relegados a um segundo plano.
Não é à toa que a eleição de 2010 vem sendo dada como definida entre apenas José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Muita gente parece não se conformar com a decretação dessa inevitabilidade.
O problema é como viabilizar uma terceira via. Os partidos com poder para tal (PMDB e DEM) abdicaram de conquistar o Planalto.
Contentam-se em ser coadjuvantes. Construir uma nova sigla é tarefa inglória. O começo é do zero, sobretudo no rádio e na TV. Mas essa partidocracia petista e tucana pode sofrer um abalo. Chegou ao TSE uma consulta do deputado Miro Teixeira, do PDT do Rio. Miro é o mesmo que há alguns anos provocou um terremoto com a tese da verticalização das alianças. Agora, ele indaga algo simples.
Depois do advento da fidelidade partidária, o TSE considera legítimo um político deixar seu partido para criar uma nova legenda. Nesse caso, seria também legal o político levar consigo para a nova agremiação o patrimônio obtido nas urnas (o tempo de rádio e de TV)? Se a resposta for sim, placas tectônicas se movimentarão na política.
É possível até uma centena de peemedebistas, pedetistas e outros mais (mesmo tucanos e petistas) se juntarem para quebrar a escrita bipolar entre Serra e Dilma em 2010. Está nas mãos do TSE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário