Roldão Arruda, BELÉM
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Simpatizantes que lotavam auditório entoaram jingle eleitoral de Lula, mas com nome da ministra
Era para ser mais uma mesa-redonda, para discutir o papel da mulher na política. Mas na prática virou uma espécie de comício, em pleno Fórum Social Mundial. Assim que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, adentrou o palco, apresentada como uma das debatedoras, os petistas que lotavam o auditório entoaram o jingle da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, agora com outro nome: "Olê, olê, olê, olá.... Dilmá, Dilmá..." E imediatamente engataram outro refrão de campanhas petistas: "Brasil! Urgente! Dilma presidente!"
O tema do debate, promovido pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, não poderia ser mais apropriado para a ministra, apontada como a preferida de Lula para sucedê-lo na Presidência. Logo na abertura, a governadora paraense Ana Julia Carepa, primeira mulher eleita para a chefia de um Estado sob a sigla do PT, saudou: "Estamos chegando a um momento muito importante da nossa República, o momento de termos uma mulher na Presidência."
Depois do debate, durante entrevista coletiva, Dilma respondeu se considera que o país está preparado para eleger uma mulher presidente. Disse que o povo brasileiro está preparado tanto para eleger uma mulher quanto um negro ou um índio. Antes da entrevista, ao discursar para a platia, ela já havia dito que "nosso país é tão democrático que um torneiro mecânico chegou à Presidência".
Ainda no discurso, a ministra lembrou o início de sua militância política, nos anos da ditadura militar, em organizações que pregavam a luta armada: "Fizemos a autocrítica, mas não mudamos de lado: continuamos ao lado do povo, dos trabalhadores."
Defendeu enfaticamente o governo: "Voltamos a colocar o desenvolvimento na ordem do dia, acabamos com a proibição que existia para essa palavra." E deteve-se de forma mais detalhada no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que está sob sua coordenação: "Não é só uma lista de obras, mas sim um plano de integração nacional."
Como estava em plena Amazônia, em um fórum destinado a discutir sua preservação, ela também falou sobre o assunto, afirmando que o governo considera a região estratégica para a construção e consolidação do Brasil como nação. Lembrou atividades que estão sendo desenvolvidas, como os programas destinados a reduzir o desmatamento.
Foi aplaudida em três ocasiões durante o discurso. Uma delas foi quando citou a crise econômica mundial, afirmando que, ao contrário do que teria ocorrido em governos anteriores, o do presidente Lula "tem instrumentos para combater a crise" e "para garantir o emprego, pois só com a garantia da renda é que se pode crescer".
No fim, de novo a plateia reunida num grande galpão, conhecido como Tenda dos 50 Anos de Vitória da Revolução Cubana, com uma estrutura de metal e lona, voltou a entoar os refrões da campanha presidencial. Na saída, durante entrevista coletiva, a ministra disse ter ficado comovida com o calor da plateia, mas que ainda não é candidata: "O presidente Lula ainda não conversou comigo a esse respeito. Não tem nenhuma questão colocada ainda, porque não houve essa conversa."
O repórter viajou a convite da Funai
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Simpatizantes que lotavam auditório entoaram jingle eleitoral de Lula, mas com nome da ministra
Era para ser mais uma mesa-redonda, para discutir o papel da mulher na política. Mas na prática virou uma espécie de comício, em pleno Fórum Social Mundial. Assim que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, adentrou o palco, apresentada como uma das debatedoras, os petistas que lotavam o auditório entoaram o jingle da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, agora com outro nome: "Olê, olê, olê, olá.... Dilmá, Dilmá..." E imediatamente engataram outro refrão de campanhas petistas: "Brasil! Urgente! Dilma presidente!"
O tema do debate, promovido pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, não poderia ser mais apropriado para a ministra, apontada como a preferida de Lula para sucedê-lo na Presidência. Logo na abertura, a governadora paraense Ana Julia Carepa, primeira mulher eleita para a chefia de um Estado sob a sigla do PT, saudou: "Estamos chegando a um momento muito importante da nossa República, o momento de termos uma mulher na Presidência."
Depois do debate, durante entrevista coletiva, Dilma respondeu se considera que o país está preparado para eleger uma mulher presidente. Disse que o povo brasileiro está preparado tanto para eleger uma mulher quanto um negro ou um índio. Antes da entrevista, ao discursar para a platia, ela já havia dito que "nosso país é tão democrático que um torneiro mecânico chegou à Presidência".
Ainda no discurso, a ministra lembrou o início de sua militância política, nos anos da ditadura militar, em organizações que pregavam a luta armada: "Fizemos a autocrítica, mas não mudamos de lado: continuamos ao lado do povo, dos trabalhadores."
Defendeu enfaticamente o governo: "Voltamos a colocar o desenvolvimento na ordem do dia, acabamos com a proibição que existia para essa palavra." E deteve-se de forma mais detalhada no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que está sob sua coordenação: "Não é só uma lista de obras, mas sim um plano de integração nacional."
Como estava em plena Amazônia, em um fórum destinado a discutir sua preservação, ela também falou sobre o assunto, afirmando que o governo considera a região estratégica para a construção e consolidação do Brasil como nação. Lembrou atividades que estão sendo desenvolvidas, como os programas destinados a reduzir o desmatamento.
Foi aplaudida em três ocasiões durante o discurso. Uma delas foi quando citou a crise econômica mundial, afirmando que, ao contrário do que teria ocorrido em governos anteriores, o do presidente Lula "tem instrumentos para combater a crise" e "para garantir o emprego, pois só com a garantia da renda é que se pode crescer".
No fim, de novo a plateia reunida num grande galpão, conhecido como Tenda dos 50 Anos de Vitória da Revolução Cubana, com uma estrutura de metal e lona, voltou a entoar os refrões da campanha presidencial. Na saída, durante entrevista coletiva, a ministra disse ter ficado comovida com o calor da plateia, mas que ainda não é candidata: "O presidente Lula ainda não conversou comigo a esse respeito. Não tem nenhuma questão colocada ainda, porque não houve essa conversa."
O repórter viajou a convite da Funai
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