DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Isabella Souto
Ex-presidente rebate declaração de Dilma de que, diferentemente de Lula, ela herdará um país promissor e fala sobre o futuro do PSDB
Belo Horizonte — O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) rebateu ontem declarações da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), de que receberá uma “herança bendita” a partir de 1º de janeiro de 2011 em razão dos avanços sociais do país nos últimos oito anos. Para o tucano, ela estaria usando de “espertezinha política” e dizendo algo que “ninguém acredita”. As palavras da petista durante o encontro nacional do PT, na sexta-feira passada, foram uma brincadeira com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante encontro da Cúpula do G20 na Coreia do Sul, quando ele afirmou que recebeu uma “herança maldita” de FHC, pois o país estaria andando para trás.
“O que foi maldito no último ano do meu governo foi o Lula, que assustou o mercado financeiro. A Dilma sabe disso, ela usa isso por espertezinha política. Minha herança não foi ruim, nem a atual foi ruim. O Brasil está crescendo muito”, afirmou FHC, que esteve ontem em Belo Horizonte para participar da 1ª edição do Fórum da Liberdade de Minas Gerais, evento promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). O tucano afirmou ainda que não é o momento de o PSDB fazer comentários sobre o governo, mas de esperar quais medidas serão adotadas pela presidente eleita. “Temos uma crise séria no final para enfrentar, decisões importantes sobre a questão do petróleo. Temos que saber se seremos capazes de fazer tantas obras grandiosas. Quem tem de falar é o governo. Depois nós vamos falar”, completou.
Ao comentar a defesa de alguns setores do PSDB de que o partido precisa ser refundado após três derrotas consecutivas para o PT nas eleições presidenciais, FHC disse que seria necessário que o partido conversasse com a sociedade, apresentasse mensagens e valores, além de afirmar com mais convicção tudo o que fez durante os oito anos de gestão no Palácio do Planalto e o que ainda poderá fazer pelo Brasil. “É no dia a dia. Ninguém faz política só no dia da eleição”, argumentou. O presidente da legenda em Minas Gerais, deputado Nárcio Rodrigues, defendeu que é necessário reavaliar a conduta futura para evitar que ocorra uma quarta derrota nas eleições de 2014. A ideia é uma nacionalização do partido, adotando um discurso que englobe todas as regiões do país, além da inclusão de outros nomes da legenda nas decisões partidárias.
Embora FHC também tenha defendido uma renovação entre os tucanos, ele ressaltou que o partido precisa das ideias dos mais velhos. “Tem muita gente jovem que não tem ideia. Eu sou velhinho e ainda tenho algumas ideias”, brincou. Questionado sobre as críticas de que o PSDB se limita à Avenida Paulista — uma alusão à força da legenda em São Paulo —, o tucano afirmou que a declaração é um slogan da oposição e uma “repetição de política eleitoreira”. Lembrou também que o partido elegeu oito governadores de estados, entre eles Minas Gerais, Roraima, Alagoas, Goiás e Tocantins.
Isabella Souto
Ex-presidente rebate declaração de Dilma de que, diferentemente de Lula, ela herdará um país promissor e fala sobre o futuro do PSDB
Belo Horizonte — O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) rebateu ontem declarações da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), de que receberá uma “herança bendita” a partir de 1º de janeiro de 2011 em razão dos avanços sociais do país nos últimos oito anos. Para o tucano, ela estaria usando de “espertezinha política” e dizendo algo que “ninguém acredita”. As palavras da petista durante o encontro nacional do PT, na sexta-feira passada, foram uma brincadeira com o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante encontro da Cúpula do G20 na Coreia do Sul, quando ele afirmou que recebeu uma “herança maldita” de FHC, pois o país estaria andando para trás.
“O que foi maldito no último ano do meu governo foi o Lula, que assustou o mercado financeiro. A Dilma sabe disso, ela usa isso por espertezinha política. Minha herança não foi ruim, nem a atual foi ruim. O Brasil está crescendo muito”, afirmou FHC, que esteve ontem em Belo Horizonte para participar da 1ª edição do Fórum da Liberdade de Minas Gerais, evento promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE). O tucano afirmou ainda que não é o momento de o PSDB fazer comentários sobre o governo, mas de esperar quais medidas serão adotadas pela presidente eleita. “Temos uma crise séria no final para enfrentar, decisões importantes sobre a questão do petróleo. Temos que saber se seremos capazes de fazer tantas obras grandiosas. Quem tem de falar é o governo. Depois nós vamos falar”, completou.
Ao comentar a defesa de alguns setores do PSDB de que o partido precisa ser refundado após três derrotas consecutivas para o PT nas eleições presidenciais, FHC disse que seria necessário que o partido conversasse com a sociedade, apresentasse mensagens e valores, além de afirmar com mais convicção tudo o que fez durante os oito anos de gestão no Palácio do Planalto e o que ainda poderá fazer pelo Brasil. “É no dia a dia. Ninguém faz política só no dia da eleição”, argumentou. O presidente da legenda em Minas Gerais, deputado Nárcio Rodrigues, defendeu que é necessário reavaliar a conduta futura para evitar que ocorra uma quarta derrota nas eleições de 2014. A ideia é uma nacionalização do partido, adotando um discurso que englobe todas as regiões do país, além da inclusão de outros nomes da legenda nas decisões partidárias.
Embora FHC também tenha defendido uma renovação entre os tucanos, ele ressaltou que o partido precisa das ideias dos mais velhos. “Tem muita gente jovem que não tem ideia. Eu sou velhinho e ainda tenho algumas ideias”, brincou. Questionado sobre as críticas de que o PSDB se limita à Avenida Paulista — uma alusão à força da legenda em São Paulo —, o tucano afirmou que a declaração é um slogan da oposição e uma “repetição de política eleitoreira”. Lembrou também que o partido elegeu oito governadores de estados, entre eles Minas Gerais, Roraima, Alagoas, Goiás e Tocantins.
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