Tucano diz que lista de apoio à sua candidatura à presidência do PSDB foi um movimento natural da bancada no Congresso
Christiane Samarco
Acusado de tomar uma "atitude indigna" ao estimular uma lista de apoio de tucanos para reelegê-lo presidente do PSDB, o deputado eleito Sérgio Guerra (PE) afirma que "não houve conspiração nem contestação" no movimento da bancada da Câmara. Decidido a manter sua candidatura à presidência do partido, argumenta que sua indicação foi determinada pela naturalidade da escolha e sustenta a tese de que a bancada tem autonomia para tomar esta decisão.
O deputado Jutahy Magalhães, ligado a Serra, referiu-se ao abaixo-assinado como "atitude indigna".
Me candidatar e ser indicado por uma bancada significa traição? Não tem nada a ver. Por que não posso ser candidato a presidente? Por que não posso ser indicado pela bancada? O que todos desejamos é democracia interna. Não queremos ver o PSDB em uma polêmica precipitada e indesejada, pela qual já pagamos elevado preço.
É uma referência à disputa entre os grupos de Serra e Aécio?
Estamos decididos a deletar esta questão de alas para o PSDB poder avançar. Precisamos de mineiros e paulistas para eleger o próximo presidente.
Com sua indicação para a presidência e a do senador Tasso Jereissati para o Instituto Teotônio Vilela, Serra não vai ficar sem espaço no partido?
De jeito nenhum. Eu fiz a campanha do Serra para presidente e o Tasso trabalhou por ele no Ceará com muita intensidade. Essas escolhas não são contra ninguém; são a favor do partido e da oposição brasileira.
Mas isto não deixa Serra sem espaço para trabalhar uma eventual recandidatura em 2014?
José Serra não foi candidato com nosso apoio entusiasmado em função de espaço no partido, mas porque era o candidato que representava maiores condições de vitória. Em uma eventual candidatura de qualquer um deles no futuro, o que o partido quer é que o escolhido seja competitivo e que possa vencer a eleição. Foi assim em 2010.
Se o Serra quiser presidir o partido o senhor abre mão?
Eu sou candidato. O Serra até agora nunca disse que o é. Ao contrário, até pediu que eu me candidatasse à reeleição e fizesse minha campanha. Eu não estou aí para fomentar briga com ninguém. Sobre Serra, repito: "Ele pode ser o que quiser no partido, até porque até ontem eu estava na rua defendendo o nome dele para presidente da República".
Mas o abaixo-assinado da bancada a seu favor sacramenta seu nome na presidência do PSDB?
Claro que não. A lista apenas indica que meu nome seria a escolha natural do partido.
O sr. consultou os governadores sobre a lista de apoio para mantê-lo no comando do PSDB?
Não consultei ninguém. Informei ao doutor Geraldo que havia este movimento e ele ponderou a questão da oportunidade. Com outros governadores e outras lideranças, falei depois.
Falou com Serra depois do abaixo-assinado?
Não o procurei, nem ele me procurou. Também não falei com Aécio, nem antes, nem depois.
Tem fila para candidato a presidente no PSDB?
As circunstâncias futuras dirão quem será o melhor candidato do partido em 2014. Olhando para frente, só vejo que é preciso fazer uma grande mudança na forma de o partido funcionar.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Christiane Samarco
Acusado de tomar uma "atitude indigna" ao estimular uma lista de apoio de tucanos para reelegê-lo presidente do PSDB, o deputado eleito Sérgio Guerra (PE) afirma que "não houve conspiração nem contestação" no movimento da bancada da Câmara. Decidido a manter sua candidatura à presidência do partido, argumenta que sua indicação foi determinada pela naturalidade da escolha e sustenta a tese de que a bancada tem autonomia para tomar esta decisão.
O deputado Jutahy Magalhães, ligado a Serra, referiu-se ao abaixo-assinado como "atitude indigna".
Me candidatar e ser indicado por uma bancada significa traição? Não tem nada a ver. Por que não posso ser candidato a presidente? Por que não posso ser indicado pela bancada? O que todos desejamos é democracia interna. Não queremos ver o PSDB em uma polêmica precipitada e indesejada, pela qual já pagamos elevado preço.
É uma referência à disputa entre os grupos de Serra e Aécio?
Estamos decididos a deletar esta questão de alas para o PSDB poder avançar. Precisamos de mineiros e paulistas para eleger o próximo presidente.
Com sua indicação para a presidência e a do senador Tasso Jereissati para o Instituto Teotônio Vilela, Serra não vai ficar sem espaço no partido?
De jeito nenhum. Eu fiz a campanha do Serra para presidente e o Tasso trabalhou por ele no Ceará com muita intensidade. Essas escolhas não são contra ninguém; são a favor do partido e da oposição brasileira.
Mas isto não deixa Serra sem espaço para trabalhar uma eventual recandidatura em 2014?
José Serra não foi candidato com nosso apoio entusiasmado em função de espaço no partido, mas porque era o candidato que representava maiores condições de vitória. Em uma eventual candidatura de qualquer um deles no futuro, o que o partido quer é que o escolhido seja competitivo e que possa vencer a eleição. Foi assim em 2010.
Se o Serra quiser presidir o partido o senhor abre mão?
Eu sou candidato. O Serra até agora nunca disse que o é. Ao contrário, até pediu que eu me candidatasse à reeleição e fizesse minha campanha. Eu não estou aí para fomentar briga com ninguém. Sobre Serra, repito: "Ele pode ser o que quiser no partido, até porque até ontem eu estava na rua defendendo o nome dele para presidente da República".
Mas o abaixo-assinado da bancada a seu favor sacramenta seu nome na presidência do PSDB?
Claro que não. A lista apenas indica que meu nome seria a escolha natural do partido.
O sr. consultou os governadores sobre a lista de apoio para mantê-lo no comando do PSDB?
Não consultei ninguém. Informei ao doutor Geraldo que havia este movimento e ele ponderou a questão da oportunidade. Com outros governadores e outras lideranças, falei depois.
Falou com Serra depois do abaixo-assinado?
Não o procurei, nem ele me procurou. Também não falei com Aécio, nem antes, nem depois.
Tem fila para candidato a presidente no PSDB?
As circunstâncias futuras dirão quem será o melhor candidato do partido em 2014. Olhando para frente, só vejo que é preciso fazer uma grande mudança na forma de o partido funcionar.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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