quarta-feira, 1 de julho de 2015

Partidos de oposição acusam Dilma de extorsão e acionam PGR, TCU e TSE

Por: Assessoria do PPS

Diante da situação de ingovernabilidade que toma conta do país e das novas denúncias de corrupção que apontam para o crime de extorsão nas últimas eleições, a oposição decidiu nesta terça-feira ingressar com mais dois pedidos de investigação contra a presidente Dilma Rousseff. Para isso vai entrar com representação na Procuradoria Geral da República (PGR) por crime de extorsão contra a petista e o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma em 2014.

A ação tem como base a delação premiada do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoal, que alegou que foi pressionado a doar R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014, sob a ameaça de que se não fizesse isso perderia os seus contratos com a Petrobras. O empresário disse ainda que deu R$ 2,4 milhões à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, via caixa dois.

Em outra frente, o PPS, PSDB, DEM e SDD decidiram pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue a denúncia de que as chamadas "pedaladas fiscais" do governo federal teriam continuado em 2015. O órgão já considerou que a manobra contábil foi adotada em 2014, numa afronta a Lei de Responsabilidade Fiscal, e deu 30 dias, a contar de 17 de junho, para que a presidente da República se explique.

Os partidos pedirão também o compartilhamento do conteúdo da delação premiada do dono da empreiteira UTC com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo é confirmar as denúncias de irregularidades na campanha de Dilma à reeleição. O caso já é apurado pelo tribunal em outra ação já movida pela oposição.

Ingovernabilidade
Para o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), no encontro os partidos de oposição chegaram ao consenso de que o Brasil vive uma situação de completa ingovernabilidade. “Não dá para o país continuar sem governo. A presidente dá sinais claros de que está descompensada devido aos ataques do ex-presidente Lula e do abandono de seu partido”, afirmou.

Freire ainda classificou como “estultice” a comparação que Dilma fez entre a deleção de Ricardo Pessoa e a prisão dela na época da ditadura. A petista afirmou que mesmo presa não entregou ninguém. “Não há como fazer comparação. Ele (Pessoa) está fazendo uma colaboração, de forma legal, e questionar isso é imaginar que a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça estão, por acaso, praticando coação e tortura para conseguir uma confissão. É uma estultice”, criticou o deputado.

Diante da denúncia de extorsão, afirmou Freire, Dilma quis usar o seu passado para tentar vender uma imagem de pessoa forte. “Quer dizer que é uma super-mulher, além de ser mulher sapiens”, provocou o presidente do PPS.

Já o líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), reforçou a situação de desgoverno que atinge a administração federal. “O nome da crise se chama Dilma Rousseff. Essa pessoa está levando o país à ingovernabilidade. Rumamos cada vez mais para um caos completo nas esferas política e econômica e, se nada for feito, a situação pode descambar para uma crise social”, disse.

Para o vice-líder da oposição na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), a atual presidente vem adotando comportamentos dos mais estranhos e levando o Brasil a uma grave crise. “Por isso as oposições resolveram processar a presidente por crime de extorsão. Também alertamos para a situação de ingovernabilidade que atinge o país”, ressaltou.

Além dos parlamentares do PPS, participaram da reunião os presidentes do PSDB, Aécio Neves (MG), do DEM, Agripino Maia (RN), do SDD, Paulo Pereira da Silva (SP), e deputados e senadores dos três partidos.

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