Roberto Godoy e Guilherme Scarance
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Governador resiste a falar como presidenciável, alegando que 2010 está mais longe do que parece?, mas destaca sua boa relação com o PMDB
Embora diga que "2010 está mais longe do que parece" e garanta que não está "focado" na corrida presidencial e não negocia apoio, o governador José Serra admitiu, em entrevista ontem à TV Estadão: "Existe um diálogo do PSDB com o PMDB, isso é indiscutível." O partido foi o grande vitorioso da corrida municipal e é cortejado tanto pelos partidos governistas como de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assista à íntegra da entrevista
Indagado sobre o saldo dos peemedebistas, Serra admitiu que o partido sai com "posição forte, do ponto de vista nacional". "O PMDB é um partido que tem capacidade, elasticidade. Fogaça, em Porto Alegre, tinha sido do PMDB, foi eleito pelo PPS, voltou para o PMDB e aí foi reeleito. Paes era PSDB, foi eleito pelo PMDB. O PMDB consegue absorver integrantes de outros partidos em situações-chave e conseguiu esse resultado bastante apreciável."
Serra resiste, porém, a admitir a candidatura a presidente. Diz que o partido conversa com o PMDB, não ele. "Não estamos negociando 2010", afirmou.
Mesmo assim, o tucano destacou a boa relação que mantém com o partido: "Temos proximidade com muitos setores do PMDB. Quando fui candidato em 2002 tive o apoio do PMDB, na eleição presidencial. E há proximidade, até em alguns casos mais pessoal do que política."
Tomando cuidado para evitar falar como presidenciável, Serra insistiu em que a corrida municipal "foi uma eleição local". E acrescentou: "2010 ainda falta muito para chegar, tem muito tempo daqui até lá e eu, realmente, não estou focado na questão de eleição. Os jornalistas estão. Eu não estou na questão de 2010 porque tem muito chão, tem muita coisa para acontecer daqui até lá."
O governador listou os pontos que, segundo ele, impedem raciocinar agora em torno da sucessão de Lula: "Quero apenas mencionar de passagem a crise econômica, que está chegando ao Brasil, impasses políticos, problemas de alianças partidárias. Há muita coisa indefinida no ar a respeito das suas conseqüências e do que vai acontecer, de modo que 2010 está longe, mais longe do que parece."
MONOPÓLIO
Ao fazer um balanço do País que saiu das urnas, o tucano disse: "O fundamental que essa eleição mostrou é que ninguém tem o monopólio da verdade nem do voto. A eleição sublinhou a pluralidade, a diversidade da vontade do eleitorado. Esse é o aspecto mais importante. Se for olhar o conjunto do Brasil e também o que aconteceu no primeiro turno, você vê que o povo não concentrou os votos, não deu a ninguém o monopólio."
Indagado se sai também vencedor das urnas na cidade de São Paulo, onde viu seu padrinho político, Gilberto Kassab (DEM), reeleito - contra a mesma adversária que ele próprio bateu, em 2004 -, o tucano se disse "muito satisfeito".
"Me considero partícipe pelo fato de que fui eleito em 2004, Kassab era o meu vice, deu continuidade ao programa que nós começamos na prefeitura, ampliou, inovou, fez coisas até diferentes e deu certo", comentou. "Kassab foi eleito, ou reeleito, devido à boa administração que ele fez em São Paulo. Não é o fato de ser meu afilhado, até porque os meus afilhados têm menos idade."
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Governador resiste a falar como presidenciável, alegando que 2010 está mais longe do que parece?, mas destaca sua boa relação com o PMDB
Embora diga que "2010 está mais longe do que parece" e garanta que não está "focado" na corrida presidencial e não negocia apoio, o governador José Serra admitiu, em entrevista ontem à TV Estadão: "Existe um diálogo do PSDB com o PMDB, isso é indiscutível." O partido foi o grande vitorioso da corrida municipal e é cortejado tanto pelos partidos governistas como de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assista à íntegra da entrevista
Indagado sobre o saldo dos peemedebistas, Serra admitiu que o partido sai com "posição forte, do ponto de vista nacional". "O PMDB é um partido que tem capacidade, elasticidade. Fogaça, em Porto Alegre, tinha sido do PMDB, foi eleito pelo PPS, voltou para o PMDB e aí foi reeleito. Paes era PSDB, foi eleito pelo PMDB. O PMDB consegue absorver integrantes de outros partidos em situações-chave e conseguiu esse resultado bastante apreciável."
Serra resiste, porém, a admitir a candidatura a presidente. Diz que o partido conversa com o PMDB, não ele. "Não estamos negociando 2010", afirmou.
Mesmo assim, o tucano destacou a boa relação que mantém com o partido: "Temos proximidade com muitos setores do PMDB. Quando fui candidato em 2002 tive o apoio do PMDB, na eleição presidencial. E há proximidade, até em alguns casos mais pessoal do que política."
Tomando cuidado para evitar falar como presidenciável, Serra insistiu em que a corrida municipal "foi uma eleição local". E acrescentou: "2010 ainda falta muito para chegar, tem muito tempo daqui até lá e eu, realmente, não estou focado na questão de eleição. Os jornalistas estão. Eu não estou na questão de 2010 porque tem muito chão, tem muita coisa para acontecer daqui até lá."
O governador listou os pontos que, segundo ele, impedem raciocinar agora em torno da sucessão de Lula: "Quero apenas mencionar de passagem a crise econômica, que está chegando ao Brasil, impasses políticos, problemas de alianças partidárias. Há muita coisa indefinida no ar a respeito das suas conseqüências e do que vai acontecer, de modo que 2010 está longe, mais longe do que parece."
MONOPÓLIO
Ao fazer um balanço do País que saiu das urnas, o tucano disse: "O fundamental que essa eleição mostrou é que ninguém tem o monopólio da verdade nem do voto. A eleição sublinhou a pluralidade, a diversidade da vontade do eleitorado. Esse é o aspecto mais importante. Se for olhar o conjunto do Brasil e também o que aconteceu no primeiro turno, você vê que o povo não concentrou os votos, não deu a ninguém o monopólio."
Indagado se sai também vencedor das urnas na cidade de São Paulo, onde viu seu padrinho político, Gilberto Kassab (DEM), reeleito - contra a mesma adversária que ele próprio bateu, em 2004 -, o tucano se disse "muito satisfeito".
"Me considero partícipe pelo fato de que fui eleito em 2004, Kassab era o meu vice, deu continuidade ao programa que nós começamos na prefeitura, ampliou, inovou, fez coisas até diferentes e deu certo", comentou. "Kassab foi eleito, ou reeleito, devido à boa administração que ele fez em São Paulo. Não é o fato de ser meu afilhado, até porque os meus afilhados têm menos idade."
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