DEU EM O GLOBO
O esquema usado para devassar dados fiscais de 140 pessoas serviu também para abrir declarações de renda de Verônica Serra, filha do candidato tucano ao Planalto, José Serra. Segundo a Corregedoria da Receita, o grupo acessou e pode ter vazado os dados de Verônica.
Filha de Serra também teve sigilo quebrado
Corregedoria da Receita investiga se dados de Verônica foram vazados; indignado, tucano compara Dilma a Collor
Jailton de Carvalho e Roberto Maltchik
BRASÍLIA. A Corregedoria da Receita Federal encontrou indícios de que o mesmo esquema usado para devassar dados fiscais de 140 pessoas também consultou e pode ter vazado as declarações de renda de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
O acesso teria sido feito por uma das quatro servidoras que estão sob investigação e são classificadas pela Corregedoria como de acusadas vazamento. A consulta aos dados de Verônica Serra ocorreu antes do acesso às declarações de renda de quatro tucanos, entre eles o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
Serra ficou indignado. No início da madrugada de hoje, em entrevista ao Jornal da Globo, ele comparou a candidata do PT, Dilma Rousseff, ao ex-presidente Fernando Collor: É ato criminoso, cometido para efeito político eleitoral. É jogo sujo! Usar a filha dos outros para ganhar eleição... Eu só lembro do Collor fazendo isso com a filha no Lula. Dilma está repetindo o que Collor fez. A turma da Dilma está fazendo a mesma coisa para me chantagear.
O acesso às informações de Verônica não ocorreu no terminal em que trabalha a servidora Adeildda Leão dos Santos, acusada do crime. Por isso, a Receita investiga se os dados foram coletados em outro terminal na delegacia de Santo André.
À noite, a Receita Federal informou que os dados foram acessados a pedido da própria Verônica. Serra protestou: É mentira descarada! Autoridades da Receita encarregadas da investigação sobre a quebra de sigilo fiscal de Eduardo Jorge suspeitam que cópias de declarações obtidas por meios ilegais eram vendidas no mercado clandestino de informações por menos de R$ 1 mil. A Corregedoria também abriu uma nova frente de investigação, que põe em evidência a Delegacia em Santo André. É lá que trabalha a servidora Lucia de Fátima Gonçalves Milan, notificada segunda-feira como acusada de envolvimento no caso.
Curiosamente, menos de 24 horas após a Corregedoria qualificar a servidora como acusada, a Receita, que alega sigilo para não prestar esclarecimentos, veio a público para informar que Lucia já foi investigada e que o acesso feito por ela ao terminal da Receita foi justificado, o que afastaria as suspeitas. Mas a Receita não se manifestou sobre a situação de outra servidora: a analista do Serpro Ana Maria Caroto Cano, lotada em Mauá.
Ana Maria é uma das três funcionárias da delegacia paulista que teriam usado a mesma senha para acessar informações que podem ter abastecido um suposto dossiê do PT contra Serra. Além de Lucia e Ana Maria, Antônia Rodrigues (portadora da senha) e Adeildda são consideradas suspeitas.
O esquema usado para devassar dados fiscais de 140 pessoas serviu também para abrir declarações de renda de Verônica Serra, filha do candidato tucano ao Planalto, José Serra. Segundo a Corregedoria da Receita, o grupo acessou e pode ter vazado os dados de Verônica.
Filha de Serra também teve sigilo quebrado
Corregedoria da Receita investiga se dados de Verônica foram vazados; indignado, tucano compara Dilma a Collor
Jailton de Carvalho e Roberto Maltchik
BRASÍLIA. A Corregedoria da Receita Federal encontrou indícios de que o mesmo esquema usado para devassar dados fiscais de 140 pessoas também consultou e pode ter vazado as declarações de renda de Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
O acesso teria sido feito por uma das quatro servidoras que estão sob investigação e são classificadas pela Corregedoria como de acusadas vazamento. A consulta aos dados de Verônica Serra ocorreu antes do acesso às declarações de renda de quatro tucanos, entre eles o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.
Serra ficou indignado. No início da madrugada de hoje, em entrevista ao Jornal da Globo, ele comparou a candidata do PT, Dilma Rousseff, ao ex-presidente Fernando Collor: É ato criminoso, cometido para efeito político eleitoral. É jogo sujo! Usar a filha dos outros para ganhar eleição... Eu só lembro do Collor fazendo isso com a filha no Lula. Dilma está repetindo o que Collor fez. A turma da Dilma está fazendo a mesma coisa para me chantagear.
O acesso às informações de Verônica não ocorreu no terminal em que trabalha a servidora Adeildda Leão dos Santos, acusada do crime. Por isso, a Receita investiga se os dados foram coletados em outro terminal na delegacia de Santo André.
À noite, a Receita Federal informou que os dados foram acessados a pedido da própria Verônica. Serra protestou: É mentira descarada! Autoridades da Receita encarregadas da investigação sobre a quebra de sigilo fiscal de Eduardo Jorge suspeitam que cópias de declarações obtidas por meios ilegais eram vendidas no mercado clandestino de informações por menos de R$ 1 mil. A Corregedoria também abriu uma nova frente de investigação, que põe em evidência a Delegacia em Santo André. É lá que trabalha a servidora Lucia de Fátima Gonçalves Milan, notificada segunda-feira como acusada de envolvimento no caso.
Curiosamente, menos de 24 horas após a Corregedoria qualificar a servidora como acusada, a Receita, que alega sigilo para não prestar esclarecimentos, veio a público para informar que Lucia já foi investigada e que o acesso feito por ela ao terminal da Receita foi justificado, o que afastaria as suspeitas. Mas a Receita não se manifestou sobre a situação de outra servidora: a analista do Serpro Ana Maria Caroto Cano, lotada em Mauá.
Ana Maria é uma das três funcionárias da delegacia paulista que teriam usado a mesma senha para acessar informações que podem ter abastecido um suposto dossiê do PT contra Serra. Além de Lucia e Ana Maria, Antônia Rodrigues (portadora da senha) e Adeildda são consideradas suspeitas.
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