DEU NO ESTADO DE MINAS
São Paulo – O Brasil caiu em um ranking que avalia democracias pelo mundo, elaborado pela Economist Intelligence Unit (EIU), um braço da prestigiosa revista Economist. Na avaliação de 2010 do índice, disponível no site da EIU, o país aparece em 47ª posição, cinco posições atrás do Timor Leste (42º), por exemplo. Na edição de 2008 da lista, o Brasil estava em 41º lugar. É a terceira vez que a EIU elabora este índice, sempre a cada dois anos. Nesta edição, a tabela reflete a situação mundial em novembro de 2010. São levados em conta cinco tópicos para se elaborar a lista: processo eleitoral e pluralismo; liberdades civis; o funcionamento do governo; participação política; e cultura política.
O Brasil levou uma nota geral de 7,12, enquanto em 2008 havia ficado com 7,38. O país ficou com notas elevadas em processo eleitoral e pluralismo (9,58), liberdades civis (9,12) e funcionamento do governo (7,50), mas se saiu mal em participação política (5) e cultura política (4,38). O estudo alerta que a democracia está "em declínio" pelo mundo, após a chamada terceira onda de democratização (1974).
Segundo a lista, metade da população mundial vive em democracias. "O padrão dominante em todas as regiões ao longo dos últimos anos tem sido o recuo em progressos atingidos anteriormente em democratização", alerta o documento. "A crise global financeira que começou em 2008 acentuou alguns padrões negativos existentes no desenvolvimento político", nota o texto.
Os países foram agrupados em quatro categorias: democracias plenas; democracias imperfeitas; regimes híbridos; e regimes autoritários. O Brasil encontra-se no segundo grupo, o das democracias imperfeitas. O ranking é liderado pela Noruega, com nota 9,80, seguida por Islândia, Dinamarca, Suécia e Nova Zelândia. Os Estados Unidos aparecem na 17ª posição. O primeiro país das Américas é o Canadá, em 9º, e na América Latina é o Uruguai, em 21º.
Sobre a América Latina, o estudo alerta que a liberdade de imprensa tem sido "erodida" na região, enquanto forças populistas "e com credenciais democráticas dúbias" têm ganhado espaço em algumas das nações latinas. Entre os piores do mundo na relação estão a Coreia do Norte (167º), em último, seguida por Chade, Turcomenistão, Usbequistão e Mianmar. Sofrendo com uma guerra desde o fim de 2001, o Afeganistão está em 150º, enquanto a China aparece em 136º. A ilha comunista de Cuba ficou em 121º. Na 107ª posição, a Rússia aparece na categoria das democracias imperfeitas, mas apenas a seis postos do primeiro regime autoritário, Madagáscar (113º).
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