Os analistas da aliança
O vice Michel Temer e os senadores Jader Barbalho e Eduardo Braga criticaram, para a presidente Dilma, a postura do PT. Alegaram que os dois partidos são aliados nacionais, mas que os petistas a rejeitam nos estados. O alvo era a sucessão no Rio, onde o PMDB quer se manter no poder e sofre contestação do PT. O coordenador da reeleição, ministro Aloizio Mercadante, fez cara de paisagem.
O desencanto
Uma das maiores preocupações do Planalto e dos que estão planejando a campanha pela reeleição da presidente Dilma é a deterioração das relações com o empresariado brasileiro. Os donos do PIB não querem muita conversa com Dilma e o PT para 2014. Muitos deles estão migrando para a campanha neo-oposicionista do governador Eduardo Campos (PSB). Segundo ministros, que estão trabalhando por uma reaproximação, os empresários alegam que foram muito maltratados pelo atual governo e que não há mais nenhuma medida econômica compensatória que os faça repensar o apoio. O PMDB aumentou seu cacife por ter cinco políticos que representam o PIB.
0 PMDB e o poder econômico
O Planalto conta com cinco filiados ao PMDB para reverter este quadro: Kátia Abreu, presidente da CNA; Clésio Andrade, presidente da CNT; Paulo Skaf, presidente da Fiesp; losué Gomes da Silva, da Coteminas; e, José Batista Jr, da Friboi.
"A Marina e o Aécio perderam. Uma deixou de ser candidata. Outro deixou de receber apoio. A presidente Dilma e o governador Eduardo Campos ganharam"
Gilberto Kassab
Presidente do PSD
Bênção do Planalto
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), o PT e o Planalto estimulam o senador Roberto Requião (PMDB), na foto, a concorrer ao governo do Paraná. Os petistas avaliam que, se a disputa ficar polarizada entre Gleisi e o governador, Beto Richa (PSDB), são grandes as possibilidades de a disputa ser resolvida no primeiro turno.
Rendição às luzes da ribalta
O Congresso está se rendendo ao Executivo. Depois de passar pela Câmara, o Senado está a caminho de aprovar o fim do voto secreto. Os que não são neófitos avaliam que o Congresso nunca mais dirá não ao apetite do inquilino do Planalto.
Com a palavra, Roberto Freire
O presidente do PPS afirma que "um setor minoritário é favorável à candidatura própria" ao Planalto. Explicou que não há definição sobre o apoio a Aécio Neves (PSDB) ou Eduardo Campos (PSB). Só está definido que será da oposição. Ele dá o rumo: "É possível criar um polo alternativo que viabilize um governo de centro-esquerda, como foi o do ex-presidente Itamar Franco"
Mal na fita
Irritação no Congresso com o ministro Alexandre Padilha (Saúde). Para aprovar a MP do Mais Médicos, ele empenhou a palavra de que seria criado um plano de carreira dos médicos. Ontem, ao vetar, a presidente Dilma o desautorizou.
No sal
O senador Gim Argello continua vendendo o que não tem para entregar. Mas o PT, do governador Agnelo Queiroz (DF), não o quer na chapa concorrendo ao Senado. O PTB nacional tem pesquisas em que ele aparece em sétimo lugar.
O PRESIDENTE DO PROS, Eurípedes Júnior, será recebido hoje pela presidente Dilma. Criado para apoiar o governo, o PROS tem pressa em se integrar à base.
Fonte: O Globo
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