terça-feira, 16 de junho de 2015

CUT e Força afirmam que governo não mostrou alternativa para aposentadoria

Ricardo Della Coletta, Victor Martins e Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo

• Sindicalistas defendem que presidente mantenha a fórmula aprovada no Congresso que considera soma de idade e tempo de contribuição

BRASÍLIA - Depois de se reunir com ministros que discutem uma alternativa à flexibilização do fator previdenciário, os presidentes nacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e da Força Sindical, Miguel Torres, afirmaram nesta segunda-feira, 15, que o governo não apresentou qualquer proposta para a solução do impasse e pediram que a presidente Dilma Rousseff não vete o texto.

O prazo legal para que Dilma se manifeste pelo veto ou pela sanção da nova fórmula para aposentadorias aprovada pelo Congresso, segundo a qual uma pessoa pode se aposentar quando a soma de sua idade e tempo de contribuição atinge 85 (para mulheres) e 95 (para homens), termina nesta quarta-feira, 17.

“Para nós, a fórmula 85/95 é o que há de mais importante na agenda da classe trabalhadora hoje. É essencial que Dilma sancione essa fórmula”, declarou Freitas. “Se a presidente Dilma vetar (a fórmula), vamos ao Congresso pedir a derrubada do veto”, completou Torres. Os sindicalistas destacaram a alteração foi aprovada pelo Legislativo e que, se Dilma optar pelo veto, estará diminuindo uma deliberação do Congresso. Eles também questionaram a avaliação do governo de que a adoção das novas regras leve à inviabilização do sistema previdenciário.

Os dois dirigentes chegaram a acenar com possíveis revisões futuras das normas por conta da evolução da expectativa de vida nacional, desde que o texto esteja sancionado e que não haja veto. 

Para Freitas, a nova fórmula é de “transição”. “No fórum discutiremos outras propostas para o sistema previdenciário”, disse. Torres, por sua vez, disse que as centrais são contrárias à criação de dispositivos que criem uma idade mínima para a aposentadoria, outra possibilidade aventada. Ele disse ainda que a partir de amanhã os sindicalistas farão uma vigília em Brasília em defesa da sanção da emenda.

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