sexta-feira, 15 de junho de 2018

PDT e PSB reúnem-se e Ciro diz que acordo irá demorar

Por Raphael Di Cunto, Marcelo Ribeiro e Cristiane Agostine | Valor Econômico

SÃO PAULO E BRASÍLIA - Os presidentes do PDT, Carlos Lupi, e do PSB, Carlos Siqueira, reuniram-se ontem para discutirem novamente uma possível aliança em torno do pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes. O PSB está dividido e adiou para o fim do mês a previsão sobre qual caminho seguirá na eleição presidencial.

Lupi afirmou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, que a discussão da aliança é um "processo em construção" e que os dois fizeram uma avaliação do quadro eleitoral, mas sem definições. "Ele não deu prazo [para o PSB decidir], disse só que estava avaliando e que até o fim do mês devem ter uma posição", disse.

Já Siqueira comentou que essas "conversas não deveriam estar na imprensa" porque isso atrapalha a composição das alianças. "São conversas reservadas, que têm missões para cada um cumprir e se publicadas só causam ruído", desconversou.

O presidente do PDT negou que já tenha conversado com o DEM e PP sobre uma possível aliança e disse que não sabe se Cid Gomes, irmão de Ciro, se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na quarta-feira, mas defendeu que esses encontros são naturais. "Conheço o Rodrigo há mais de 30 anos, posso encontrar ele a hora que ele quiser", disse.

Ontem, em São Paulo, Ciro evitou falar sobre conversas com possíveis aliados. "Não vai acontecer nenhuma aliança antes da travessia do rubicão. Os partidos estão se organizando", desconversou. Disse que o "vice dos sonhos" "é uma senhora ou um senhor vinculado à produção, à economia real e que tenha militância e reconhecimento no Sudeste".

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