Folha de S. Paulo
Chegam a Copa, o Natal, o Ano Novo, mas não
chega o dia da votação
Chegam o Mundial
do Qatar, o Natal,
o Ano Novo, as modas do verão, o Carnaval,
o Brasil do futuro de Stefan Zweig. Mas não chega o dia da eleição.
A importância do pleito de 2022 — que se
transformou num plebiscito sobre a Constituição e a democracia — mexeu com a já
combalida saúde mental dos brasileiros, que vão às urnas neste domingo (30)
como uma personagem de Almodóvar: à beira de um ataque de nervos. Medo, raiva,
desespero, ansiedade e angústia na escala máxima, tornando a convivência entre
os adversários uma impossibilidade.
Muitas relações familiares já tinham ido para a cucuia desde 2018. As amorosas, idem. Mais importante que a atração física, hoje, é uma pergunta-chave: você é Lula ou Bolsonaro? Dependendo da resposta, não dá match. Freguês há mais de 20 anos da cerveja gelada, do caldinho de feijão e do papo no bar que fica na rua onde ele mora, um amigo meu cancelou o lazer dos sábados porque uma camisa da seleção, com o 22 às costas, surgiu tremulando na porta do boteco.
Nas redes bolsonaristas, a confusão é
geral. Sofrendo porque as pesquisas não apontam uma virada, há gente que já
está de malas prontas para o aeroporto. A maioria não sabe se deve apoiar as
granadas terroristas de Roberto Jefferson ou o golpe de adiar a votação.
Acabam brigando entre si. O mesmo acontece no campo lulista. Um singelo vídeo
com escritores abrindo livros e fazendo o L despertou uma patrulha
anti-intelectual que não se via desde a época do desbunde e da esquerda festiva
nos anos 1960.
Vanessa Tuleski, astróloga da Folha, adverte: confrontos verbais não vão faltar (tomara que fiquem só no verbo, sem passar à ação). Segundo Tuleski, a eleição ocorrerá entre dois eclipses, fenômeno que aumenta as tensões, precipita crises e reduz a clareza dos pensamentos, como se houvesse um apagão. Cuidado, portanto, para não se confundir na hora de apertar o 13.
4 comentários:
O Lula é um ladrão em seu lugar é na prisão
O povo não vai se enganar com ele mais não
O papagaio bolsonarista que previu vitória do GENOCIDA no primeiro turno reapareceu neste blog... Deve ter esperança de que o miliciano mentiroso vença a eleição e permita que PAULO GUEDES complete seu CICLO DE MALDADES, com mais alguns anos de salário mínimo sem aumento real e coloque mais algumas granadas no bolso dos trabalhadores, como ele prometeu na INESQUECÍVEL reunião ministerial de ABRIL de 2020, quando a pandemia começava a se ampliar e a "gripezinha" era aproveitada por Ricardo Salles pra sugerir pros outros ministros irem PASSANDO A BOIADA enquanto a imprensa e a população estavam "distraídas" com a Covid...
Lula não é tão inocente ou honesto quanto nos afirma, mas seus 2 mandatos foram muito melhores que a tragédia comandada pelo capitão das trevas! Então, amanhã é 13.
Muita tensão,tensão pré-eleitoral.
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