DEU EM O GLOBO
OAB apresenta 11º pedido de impeachment, extensivo ao vice-governador
Isabel Braga e Luiza Damé
Corrupção documentada: Filippelli diz que se esgotaram todas as alternativas
BRASÍLIA. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, sofreu ontem mais uma derrota política importante, juntamente na semana decisiva para suas pretensões de não ser expulso do DEM. Arruda perdeu o apoio do maior partido aliado, o PMDB, que decidiu sair do governo e determinou que todos os seus filiados deixem cargos na administração do Distrito Federal.
Mesmo com a decisão do PMDB, Arruda dificilmente perderá o apoio dos três deputados distritais do partido. Dois deles foram flagrados nos vídeos em poder da Polícia Federal: Eurides Brito, que aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, e Benício Tavares. Arruda atua para consolidar sua base de apoio e retomar o controle da Câmara Legislativa, reforçando, assim, sua estratégia para preservar-se no cargo.
No início do ano, o PMDB rompeu com o seu principal líder no DF, o ex-governador e exsenador Joaquim Roriz, para aliar-se a Arruda. O partido ocupa três cargos de primeiro escalão: a Administração do Plano Piloto (Ivelise Longhi), a presidência da Codeplan (Rogério Rosso) e a presidência da Novacap (Luiz Pietschmann).
Após a direção regional aprovar o fim da aliança com Arruda, o presidente regional do partido, deputado federal Tadeu Filippelli, disse em nota que esgotaramse “todas as alternativas de continuar contribuindo com o atual governo, não restando outra opção senão determinar a todos os seus quadros que se encontram na atual administração a entrega dos cargos”.
Mesmo perdendo apoio no governo, Arruda tenta garantir o apoio de seus aliados no Legislativo.
Ontem, demitiu dois secretários para que reassumissem seus mandatos de deputados distritais pelo DEM. A ideia é pôr gente de confiança na Comissão de Constituição e Justiça, por onde passarão os pedidos de impeachment.
Ontem, a Câmara Legislativa recebeu o 11º pedido de impeachment, protocolado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que também apresentou o pedido semelhante contra o vice-governador, Paulo Octávio (DEM). Além do presidente nacional da OAB, Cezar Britto, participaram da entrega do pedido outros dez presidentes de regionais da entidade. No caso de Paulo Octávio, a OAB anexou entendimentos jurídicos que sustentam o pedido, já que outros foram rejeitados pela Procuradoria da Câmara sob o argumento de que a lei não prevê o impedimento de vices por crime de responsabilidade.
— A Câmara não pode fazer uma leitura literal da lei. O vice também é responsável. Se não acatarem, vamos recorrer à Justiça — disse a presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros.
Além do controle da CCJ, Arruda quer recuperar a presidência da Câmara, que está nas mãos do petista Cabo Patrício.
Na noite de domingo, Arruda se reuniu com Prudente e com Paulo Octávio até altas horas, na residência oficial de Águas Claras.
Ele pressionou Prudente a renunciar ao cargo, para que seja realizada nova eleição. Mas o deputado resistiu e se recolheu com a família em Goiás.
OAB apresenta 11º pedido de impeachment, extensivo ao vice-governador
Isabel Braga e Luiza Damé
Corrupção documentada: Filippelli diz que se esgotaram todas as alternativas
BRASÍLIA. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, sofreu ontem mais uma derrota política importante, juntamente na semana decisiva para suas pretensões de não ser expulso do DEM. Arruda perdeu o apoio do maior partido aliado, o PMDB, que decidiu sair do governo e determinou que todos os seus filiados deixem cargos na administração do Distrito Federal.
Mesmo com a decisão do PMDB, Arruda dificilmente perderá o apoio dos três deputados distritais do partido. Dois deles foram flagrados nos vídeos em poder da Polícia Federal: Eurides Brito, que aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, e Benício Tavares. Arruda atua para consolidar sua base de apoio e retomar o controle da Câmara Legislativa, reforçando, assim, sua estratégia para preservar-se no cargo.
No início do ano, o PMDB rompeu com o seu principal líder no DF, o ex-governador e exsenador Joaquim Roriz, para aliar-se a Arruda. O partido ocupa três cargos de primeiro escalão: a Administração do Plano Piloto (Ivelise Longhi), a presidência da Codeplan (Rogério Rosso) e a presidência da Novacap (Luiz Pietschmann).
Após a direção regional aprovar o fim da aliança com Arruda, o presidente regional do partido, deputado federal Tadeu Filippelli, disse em nota que esgotaramse “todas as alternativas de continuar contribuindo com o atual governo, não restando outra opção senão determinar a todos os seus quadros que se encontram na atual administração a entrega dos cargos”.
Mesmo perdendo apoio no governo, Arruda tenta garantir o apoio de seus aliados no Legislativo.
Ontem, demitiu dois secretários para que reassumissem seus mandatos de deputados distritais pelo DEM. A ideia é pôr gente de confiança na Comissão de Constituição e Justiça, por onde passarão os pedidos de impeachment.
Ontem, a Câmara Legislativa recebeu o 11º pedido de impeachment, protocolado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que também apresentou o pedido semelhante contra o vice-governador, Paulo Octávio (DEM). Além do presidente nacional da OAB, Cezar Britto, participaram da entrega do pedido outros dez presidentes de regionais da entidade. No caso de Paulo Octávio, a OAB anexou entendimentos jurídicos que sustentam o pedido, já que outros foram rejeitados pela Procuradoria da Câmara sob o argumento de que a lei não prevê o impedimento de vices por crime de responsabilidade.
— A Câmara não pode fazer uma leitura literal da lei. O vice também é responsável. Se não acatarem, vamos recorrer à Justiça — disse a presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros.
Além do controle da CCJ, Arruda quer recuperar a presidência da Câmara, que está nas mãos do petista Cabo Patrício.
Na noite de domingo, Arruda se reuniu com Prudente e com Paulo Octávio até altas horas, na residência oficial de Águas Claras.
Ele pressionou Prudente a renunciar ao cargo, para que seja realizada nova eleição. Mas o deputado resistiu e se recolheu com a família em Goiás.
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