DEU EM O GLOBO
Maior protesto desde "Fora Collor" mobiliza 150 mil e força revisão da emenda Ibsen
Na maior passeata realizada no Rio desde o impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, cerca de 150 mil pessoas, de acordo com a PM, marcharam sob chuva, da Candelária à Cinelândia, contra a emenda do deputado Ibsen Pinheiro, que retira R$ 7 bilhões anuais em royalties do estado. Organizada pelo governo estadual, a manifestação uniu a sociedade civil. Adversários políticos, como o governador Sérgio Cabral e a ex-governadora Rosinha, deram as mãos. Além de Paulo Hartung (PMDB), governador do Espírito Santo, ministros, senadores, deputados e prefeitos de diversos partidos caminharam juntos e foram recebidos com papel picado. Estudantes e artistas também participaram do protesto, engrossado por caravanas de ônibus do interior, que parou o trânsito no Centro. Para Cabral, "os recursos roubados do Rio não resolvem o problema de nenhuma unidade da Federação". Segundo parlamentares, o protesto forçará a negociação para rever a emenda Ibsen.
Rio de indignação
Protesto contra emenda Ibsen une estado e 150 mil marcham na maior passeata desde o "Fora Collor"
A mobilização da população contra a emenda Ibsen, que tira R$ 7 bilhões em royalties da economia do Rio, entra para a História como a maior passeata do estado desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Sob chuva, 150 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram da marcha Contra a Covardia, em Defesa do Rio, da Candelária à Cinelândia. Organizado pelo governo, o evento foi endossado pela sociedade. Pela manhã, manifestantes chegavam de vários municípios, em centenas de ônibus. À tarde, o trânsito na Av. Presidente Vargas começava a parar, num primeiro reflexo do sucesso em que se transformaria o ato. O povo avançava, levando faixas de protesto bem-humoradas.
Operários e funcionários públicos, liberados do trabalho, ficaram a serviço da democracia. Estudantes pintaram o rosto, desta vez com o azul e branco da bandeira do Rio. Artistas fizeram shows, e o povo cantou embalado por marchinhas carnavalescas e funk. O som do protesto alcançou os altos andares dos prédios da Av. Rio Branco, de onde choveu papel picado. Ministros, governadores, prefeitos, senadores e deputados de diversos partidos caminharam juntos.
Adversários políticos deram, literalmente, as mãos. O governador Sérgio Cabral disse que “os recursos roubados do Rio não resolvem o problema de nenhuma unidade da Federação”. Em São Paulo, José Serra quebrou o silêncio e criticou a emenda por arruinar Rio e Espírito Santo. Para deputados, o protesto ajudará a derrubar a proposta, considerada inconstitucional por juristas.
Maior protesto desde "Fora Collor" mobiliza 150 mil e força revisão da emenda Ibsen
Na maior passeata realizada no Rio desde o impeachment do ex-presidente Collor, em 1992, cerca de 150 mil pessoas, de acordo com a PM, marcharam sob chuva, da Candelária à Cinelândia, contra a emenda do deputado Ibsen Pinheiro, que retira R$ 7 bilhões anuais em royalties do estado. Organizada pelo governo estadual, a manifestação uniu a sociedade civil. Adversários políticos, como o governador Sérgio Cabral e a ex-governadora Rosinha, deram as mãos. Além de Paulo Hartung (PMDB), governador do Espírito Santo, ministros, senadores, deputados e prefeitos de diversos partidos caminharam juntos e foram recebidos com papel picado. Estudantes e artistas também participaram do protesto, engrossado por caravanas de ônibus do interior, que parou o trânsito no Centro. Para Cabral, "os recursos roubados do Rio não resolvem o problema de nenhuma unidade da Federação". Segundo parlamentares, o protesto forçará a negociação para rever a emenda Ibsen.
Rio de indignação
Protesto contra emenda Ibsen une estado e 150 mil marcham na maior passeata desde o "Fora Collor"
A mobilização da população contra a emenda Ibsen, que tira R$ 7 bilhões em royalties da economia do Rio, entra para a História como a maior passeata do estado desde o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Sob chuva, 150 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram da marcha Contra a Covardia, em Defesa do Rio, da Candelária à Cinelândia. Organizado pelo governo, o evento foi endossado pela sociedade. Pela manhã, manifestantes chegavam de vários municípios, em centenas de ônibus. À tarde, o trânsito na Av. Presidente Vargas começava a parar, num primeiro reflexo do sucesso em que se transformaria o ato. O povo avançava, levando faixas de protesto bem-humoradas.
Operários e funcionários públicos, liberados do trabalho, ficaram a serviço da democracia. Estudantes pintaram o rosto, desta vez com o azul e branco da bandeira do Rio. Artistas fizeram shows, e o povo cantou embalado por marchinhas carnavalescas e funk. O som do protesto alcançou os altos andares dos prédios da Av. Rio Branco, de onde choveu papel picado. Ministros, governadores, prefeitos, senadores e deputados de diversos partidos caminharam juntos.
Adversários políticos deram, literalmente, as mãos. O governador Sérgio Cabral disse que “os recursos roubados do Rio não resolvem o problema de nenhuma unidade da Federação”. Em São Paulo, José Serra quebrou o silêncio e criticou a emenda por arruinar Rio e Espírito Santo. Para deputados, o protesto ajudará a derrubar a proposta, considerada inconstitucional por juristas.
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