DEU EM O GLOBO
Tucano afirma que quem apoia líderes como Ahmadinejad é "troglodita de direita" e que "Chávez é dilmista"
Flávio Freire
SÃO PAULO. Numa semana em que recebeu críticas de dirigentes petistas de que representaria a direita radical, o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, rechaçou ontem o rótulo e disse que quem está nesse papel são os seus opositores, principalmente quando apoiam líderes internacionais controversos, como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Incomodado com a estratégia do PT, o tucano disse também que quem está ligado ao ex-presidente Fernando Collor de Mello não pode se intitular como representante da esquerda no país. Durante sabatina promovida pelo portal R7 e Record News, ontem, Serra rebateu com veemência os recentes ataques.
As críticas vêm de gente que não é mais de esquerda.
Eu me considero de esquerda.
Esse pessoal (do PT) não tem mais nada a ver com isso, mas faz coro para ficar repetindo.
Eu acho troglodita de direita quem apoia o (Mahmoud) Ahmadinejad, que está matando mulheres a pedradas, tem uma ditadura que prende e condena jornalistas há no mínimo 16 anos e enforca opositores.
Ora, quando esse pessoal engenha apoio a essa turma, não tem nada a ver com esquerda.
Mas eles são muito bem organizados para repetir a mesma coisa disse Serra.
Eu acho essa discussão uma bobagem A discussão em torno de ser candidato de esquerda ou direita está no cenário político desde que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que Serra que, ao comentar declarações de João Pedro Stédile, afirmou que o MST promoveria mais invasões caso a petista Dilma Rousseff seja eleita representa uma direita troglodita.
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, colocou mais lenha na fogueira, afirmando que o tucano teria um fim melancólico por conta de seu discurso mais radical. Serra retomou ontem a discussão: O Marco Aurélio é de direita, ele não tem nada de esquerda disse o tucano, que lembrou de seu passado como exilado político para defender que está ligado à esquerda no país quem efetivamente luta por direitos humanos.
Indagado se a aproximação com o DEM não o colocaria mais à direita, Serra partiu para o ataque: Mas você já viu algum democrata (integrante do DEM) posando de esquerda? Agora, você acha que o Collor, que é aliado deles (PT), é de esquerda? Na verdade, eu acho essa discussão uma bobagem.
Em meio às críticas de que o governo de Hugo Chávez pôe em risco a paz na América Latina quando rompe relações com a Colômbia, José Serra retomou ontem o assunto com um viés eleitoral.
Perguntado se a briga com países vizinhos não prejudicaria suas relações num eventual governo, Serra foi taxativo: O Chávez já declarou voto na Dilma. Chávez é dilmista, e PT é chavista. Isso não tem nada a ver com governo.
Eu estou apresentando minhas ideias na campanha.
Agora, assumindo o governo, temos uma relação de Estado, com respeito recíproco à auto-determinação de cada um.
Serra voltou a chamar Dilma Rousseff para o debate. Ele diz que não conhece as propostas da candidata petista.
No campo das promessas, Serra disse que pretende estender para todo o país o programa da nota fiscal paulista, que ressarce o contribuinte com 30% do valor de imposto pago em determinado produto. Ele também garantiu que, se eleito, vai implantar o Mãe Brasileira, que acompanha mulheres carentes desde a gestão até o parto.
Serra ainda defende mudanças na legislação eleitoral, com ampliação do voto distrital, mandato de cinco anos, sem reeleição, e um novo sistema de previdência social que priorize quem ainda não é contribuinte.
Ao comentar os problemas do país na área de educação, José Serra disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promoveu a inclusão nas escolas, mas que ainda falta qualidade no setor.
Tucano afirma que quem apoia líderes como Ahmadinejad é "troglodita de direita" e que "Chávez é dilmista"
Flávio Freire
SÃO PAULO. Numa semana em que recebeu críticas de dirigentes petistas de que representaria a direita radical, o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, rechaçou ontem o rótulo e disse que quem está nesse papel são os seus opositores, principalmente quando apoiam líderes internacionais controversos, como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
Incomodado com a estratégia do PT, o tucano disse também que quem está ligado ao ex-presidente Fernando Collor de Mello não pode se intitular como representante da esquerda no país. Durante sabatina promovida pelo portal R7 e Record News, ontem, Serra rebateu com veemência os recentes ataques.
As críticas vêm de gente que não é mais de esquerda.
Eu me considero de esquerda.
Esse pessoal (do PT) não tem mais nada a ver com isso, mas faz coro para ficar repetindo.
Eu acho troglodita de direita quem apoia o (Mahmoud) Ahmadinejad, que está matando mulheres a pedradas, tem uma ditadura que prende e condena jornalistas há no mínimo 16 anos e enforca opositores.
Ora, quando esse pessoal engenha apoio a essa turma, não tem nada a ver com esquerda.
Mas eles são muito bem organizados para repetir a mesma coisa disse Serra.
Eu acho essa discussão uma bobagem A discussão em torno de ser candidato de esquerda ou direita está no cenário político desde que o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que Serra que, ao comentar declarações de João Pedro Stédile, afirmou que o MST promoveria mais invasões caso a petista Dilma Rousseff seja eleita representa uma direita troglodita.
O assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, colocou mais lenha na fogueira, afirmando que o tucano teria um fim melancólico por conta de seu discurso mais radical. Serra retomou ontem a discussão: O Marco Aurélio é de direita, ele não tem nada de esquerda disse o tucano, que lembrou de seu passado como exilado político para defender que está ligado à esquerda no país quem efetivamente luta por direitos humanos.
Indagado se a aproximação com o DEM não o colocaria mais à direita, Serra partiu para o ataque: Mas você já viu algum democrata (integrante do DEM) posando de esquerda? Agora, você acha que o Collor, que é aliado deles (PT), é de esquerda? Na verdade, eu acho essa discussão uma bobagem.
Em meio às críticas de que o governo de Hugo Chávez pôe em risco a paz na América Latina quando rompe relações com a Colômbia, José Serra retomou ontem o assunto com um viés eleitoral.
Perguntado se a briga com países vizinhos não prejudicaria suas relações num eventual governo, Serra foi taxativo: O Chávez já declarou voto na Dilma. Chávez é dilmista, e PT é chavista. Isso não tem nada a ver com governo.
Eu estou apresentando minhas ideias na campanha.
Agora, assumindo o governo, temos uma relação de Estado, com respeito recíproco à auto-determinação de cada um.
Serra voltou a chamar Dilma Rousseff para o debate. Ele diz que não conhece as propostas da candidata petista.
No campo das promessas, Serra disse que pretende estender para todo o país o programa da nota fiscal paulista, que ressarce o contribuinte com 30% do valor de imposto pago em determinado produto. Ele também garantiu que, se eleito, vai implantar o Mãe Brasileira, que acompanha mulheres carentes desde a gestão até o parto.
Serra ainda defende mudanças na legislação eleitoral, com ampliação do voto distrital, mandato de cinco anos, sem reeleição, e um novo sistema de previdência social que priorize quem ainda não é contribuinte.
Ao comentar os problemas do país na área de educação, José Serra disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promoveu a inclusão nas escolas, mas que ainda falta qualidade no setor.
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