Ex-presidente afirma que principais reformas no país foram feitas pelo partido e cita real e controle de gastos
Aécio ocupa quase 2 dos 10 minutos da inserção para falar sobre gestões estaduais; coube a Serra criticar governo federal
SÃO PAULO - O PSDB usou seu programa nacional de TV ontem para defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e criticar a "volta" da inflação e a corrupção na máquina pública.
A peça, com duração de dez minutos, também foi usada para apaziguar os ânimos no partido, exibindo, ainda que em papéis diferentes, o ex-governador José Serra e o senador Aécio Neves, que disputam espaço dentro sigla.
FHC foi o primeiro político a aparecer no programa. Ele usou o espaço para defender ações de seu governo.
Disse que os tucanos controlaram a inflação -"o maior mal para os trabalhadores"-, citou a Lei de Responsabilidade Fiscal e a concepção de programas sociais que, afirmou, deram origem ao Bolsa Família.
No capítulo seguinte, o partido apresentou Serra como porta-voz das críticas ao governo federal, nas mãos do PT há nove anos.
O ex-governador, que no mês passado reclamou de não ter aparecido no programa de TV do PSDB em São Paulo, afirmou que o plano de combate ao crack "ficou na promessa" e que a a corrupção está ameaçando o "progresso social" do país.
"Não se trata de fazer a crítica pela crítica. É que fiscalizar, apontar o que está errado, ajuda a melhorar", justificou, ao encerrar.
O capítulo propositivo do programa ficou com o senador Aécio Neves, que defendeu a "gestão eficiente" para enfrentar a corrupção, e apresentou projetos de governadores tucanos.
Diferente dos demais, Aécio apareceu em close, com aparência mais despojada - paletó aberto e sem gravata. O senador mineiro, que já se colocou como possível nome na disputa presidencial de 2014, ocupou quase 2 dos 10 minutos do programa -pouco mais que Serra.
Os líderes do partido no Senado e na Câmara, Álvaro Dias (PR) e Duarte Nogueira (SP), e o presidente nacional da sigla, Sérgio Guerra (PE) também apareceram.
O PSDB exibiu imagem de seus oito governadores, mas nenhum falou no programa.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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