sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Opinião do dia – O Estado de S. Paulo

O argumento dos que defendem a flexibilização das regras, como a redução do porcentual de votos exigidos, parte do princípio de que, como está, a proposta “inviabiliza” pequenos partidos politicamente ativos no Congresso, como Rede, PSOL, PCdoB e PPS. Ora, a legitimidade de sua representação popular os partidos têm que conquistar nas urnas, não nos conchavos parlamentares. E a suposição implícita nos argumentos favoráveis a esses pequenos partidos, de que merecem tratamento especial porque representam correntes “progressistas”, é altamente questionável, porque implica julgamento de valor que ofende o princípio da isonomia. Afinal, quem é que estabelece o critério para a definição do “mérito” que justificaria facilitar a vida de partidos, não por coincidência, todos de “esquerda”?

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O Estado de S. Paulo, Editorial. ‘Reforma partidária dá a largada’, 11/11/2016

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