Não
fica claro, no discurso, se trata-se apenas de quem tem medo de morrer
O
FBI, a CIA e outros órgãos da inteligência americana têm tido dificuldade em
entender os relatórios que recebem dos seus agentes no Brasil. Discursos e
manifestações do presidente brasileiro são monitorados regularmente, mas, de
uns tempos para cá, isso tornou-se uma tarefa problemática. Para começar,
ninguém parece saber quem realmente é o presidente do Brasil e faz as
declarações que intrigam os agentes americanos. Há quem diga que o presidente é
Hamilton Mourão, outros dizem que é Paulo Guedes, outros têm certeza de que é
José Simão, e ainda outros sustentam (a opção menos provável) que é Jair
Bolsonaro ou um dos seus filhos. O jeito é monitorar todos ao mesmo tempo. O
objetivo é detectar e prevenir qualquer ameaça à segurança dos Estados Unidos.
Uma
recente fala presidencial de improviso aumentou a confusão. Os termos do
pronunciamento ainda estão sendo estudados. Eles podem indicar que o Brasil
prepara-se para invadir os Estados Unidos e:
a)
manter o Trump no poder, cercando a Casa Branca e repelindo qualquer tentativa
de retirá-lo de lá a cusparadas — o que explicaria a críptica referência à
saliva transformando-se em pólvora, no discurso do presidente;
b)
sequestrar o Biden, disfarçá-lo com uma peruca loira, soltá-lo no meio de uma
manifestação contra o racismo e correr atrás dele gritando “É o Trump! Pega!
Pega!”.
Os analistas americanos também tentam decifrar o sentido da palavra “maricas”. Não fica claro, no discurso, se “maricas” é apenas quem tem medo de morrer e, portanto, é um desprezível, ou se o presidente estava fazendo uma ameaça velada aos americanos, avisando que brasileiros maricas podem ter medo de morrer e horror a baratas, mas não os desafiem, eles podem ser ferozes. Os americanos decidem que um ataque dos maricas virá e preparam suas defesas. A segurança nas fronteiras é reforçada. Todos devem ficar atentos a grupos barulhentos que lotam os aeroportos . São os maricas que chegam.
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