DEU EM O GLOBO
Substituição é a quarta no governo; para oposição, presidente acusou oficiais destituídos de golpe
ASSUNÇÃO. Pela quarta vez em sua gestão, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, substituiu todo o alto comando de Marinha, Exército e Força Aérea do país. A medida causou protestos entre a oposição e os militares.
Ontem, o general Juan Oscar Velázquez foi promovido a comandante das Forças Armadas, 48 horas após ser destituído do posto de chefe do Exército. Segundo o governo, as substituições foram “procedimentos administrativos normais e legais”.
Na quarta-feira, Lugo desmentira a suspeita de que um golpe militar estaria sendo tramado. A atual controvérsia agrava a crise política vivida pelo líder, que assumiu em agosto de 2008.
Segundo comunicado oficial, as mudanças “são uma atribuição única e exclusiva do presidente”.
Na terça-feira, Lugo dissera que havia “bolsões” golpistas entre militares, mas depois desmentiu as especulações.
Para a oposição, porém, as mudanças são uma forma de Lugo assegurar a lealdade da cúpula militar. Juan Oscar Velázquez — considerado um homem de confiança do presidente — foi nomeado para o cargo máximo das Forças Armadas no lugar de Cíbar Benítez. Após reunir-se com Lugo para acertar sua saída, Benítez teria dito, segundo a Rádio Nacional, que Velázquez “é oriundo de San Pedro, onde anos atrás conheceu o presidente Lugo quando (este) ainda era bispo daquela diocese”.
Ex-chefe das Forças Armadas, o general Bernardino Soto Estigarribia, hoje reservista e opositor, disse que as destituições foram “humilhantes” e lançaram sobre os oficiais substituídos o “estigma de golpistas”. O chefe destituído da Força Aérea, general Darío Dávalos, se disse “irritado”, já que ficou sabendo de sua saída “por meio da imprensa”, sem explicação oficial
Substituição é a quarta no governo; para oposição, presidente acusou oficiais destituídos de golpe
ASSUNÇÃO. Pela quarta vez em sua gestão, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, substituiu todo o alto comando de Marinha, Exército e Força Aérea do país. A medida causou protestos entre a oposição e os militares.
Ontem, o general Juan Oscar Velázquez foi promovido a comandante das Forças Armadas, 48 horas após ser destituído do posto de chefe do Exército. Segundo o governo, as substituições foram “procedimentos administrativos normais e legais”.
Na quarta-feira, Lugo desmentira a suspeita de que um golpe militar estaria sendo tramado. A atual controvérsia agrava a crise política vivida pelo líder, que assumiu em agosto de 2008.
Segundo comunicado oficial, as mudanças “são uma atribuição única e exclusiva do presidente”.
Na terça-feira, Lugo dissera que havia “bolsões” golpistas entre militares, mas depois desmentiu as especulações.
Para a oposição, porém, as mudanças são uma forma de Lugo assegurar a lealdade da cúpula militar. Juan Oscar Velázquez — considerado um homem de confiança do presidente — foi nomeado para o cargo máximo das Forças Armadas no lugar de Cíbar Benítez. Após reunir-se com Lugo para acertar sua saída, Benítez teria dito, segundo a Rádio Nacional, que Velázquez “é oriundo de San Pedro, onde anos atrás conheceu o presidente Lugo quando (este) ainda era bispo daquela diocese”.
Ex-chefe das Forças Armadas, o general Bernardino Soto Estigarribia, hoje reservista e opositor, disse que as destituições foram “humilhantes” e lançaram sobre os oficiais substituídos o “estigma de golpistas”. O chefe destituído da Força Aérea, general Darío Dávalos, se disse “irritado”, já que ficou sabendo de sua saída “por meio da imprensa”, sem explicação oficial
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