DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Candidata do PV à Presidência diz que o Brasil não pode ter um “continuador”, referindo-se a Dilma, nem um opositor
Ullisses Campbell
São Paulo — A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse ontem em São Paulo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve, em dois mandatos, a capacidade de superar todas as dificuldades que o Brasil enfrenta. Em sabatina a jornalistas do jornal Folha de São Paulo e ao responder a perguntas de internautas, a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula disse que o presidente precisa de um “sucessor” e não de um “continuador”, referindo-se à candidatura de Dilma Rousseff (PT). Ao citar a candidatura de José Serra (PSDB), afirmou que “o Brasil também não precisa de um opositor para jogar no lixo tudo o que foi conquistado”. Em determinado momento, chegou a dizer que Dilma e Serra são parecidos.
Marina estava bem descontraída, ao contrário das outras vezes em que foi questionada abertamente. Pediu para os eleitores de Lula continuarem votando num Silva, mas dessa vez nela, que carrega o mesmo sobrenome do presidente. E riu ao ter de responder a uma internauta que queria saber se ela não deveria ter de fazer uma mudança radical no visual, como fizeram os demais candidatos. “Cada um procura se vestir da forma que se sente bem. É assim que eu me sinto bem. Já fiz umas pequenas alterações na aparência, principalmente no penteado (ela retocou recentemente os fios brancos). Acho que meu estilo é meio tribal”, brincou. Ao se referir à internauta que fez o questionamento, Marina disse que ela “se esforçou para ser educada”.
Apesar de ter tido vários embates políticos com Dilma Rousseff, quando ambas eram ministras do governo Lula, Marina disse que o ponto de vista sobre meio ambiente defendido à época pela adversária refletia um posicionamento do PT. Uma das brigas mais polêmicas das duas refere-se à questão dos transgênicos, com Marina posicionando-se de forma contrária. “Não colocaria o foco na pessoa da Dilma e sim numa visão do partido”, afirmou.
A candidata foi questionada também sobre um possível apoio a José Serra no segundo turno, mas se esquivou de responder às perguntas, dando a entender que estará na segunda fase da disputa. “Só falo de segundo turno no segundo turno.” Sobre a suposta condescendência ao PSDB, foi evasiva. “Esforço-me para ser justa. Temos que reconhecer os ganhos de cada um. Lula fez o país crescer e distribuir renda. Fernando Henrique Cardoso estabilizou a economia. Mas nenhum dos dois soube agregar a questão da sustentabilidade.”
Marina se mostrou à vontade ao ter de se posicionar sobre temas polêmicos, apesar de ser evangélica, mas preferiu ficar em cima do muro nas questões mais debatidas e cobradas por segmentos da sociedade. Disse, por exemplo, não ter opinião formada sobre a adoção de crianças por casais gays. “A minha tendência é sempre ficar do lado da criança”, ressaltou. Sobre descriminalização das drogas, afirmou ser terminantemente contra, mas também “não satanizo quem é a favor”.
A candidata se disse contra o casamento gay, apesar de defender os direitos civis de pessoas do mesmo sexo. Sobre a legalização do aborto, ela recomenda que seja feito um plebiscito, mas se disse contrária à interrupção da gravidez.
Candidata do PV à Presidência diz que o Brasil não pode ter um “continuador”, referindo-se a Dilma, nem um opositor
Ullisses Campbell
São Paulo — A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse ontem em São Paulo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve, em dois mandatos, a capacidade de superar todas as dificuldades que o Brasil enfrenta. Em sabatina a jornalistas do jornal Folha de São Paulo e ao responder a perguntas de internautas, a ex-ministra do Meio Ambiente de Lula disse que o presidente precisa de um “sucessor” e não de um “continuador”, referindo-se à candidatura de Dilma Rousseff (PT). Ao citar a candidatura de José Serra (PSDB), afirmou que “o Brasil também não precisa de um opositor para jogar no lixo tudo o que foi conquistado”. Em determinado momento, chegou a dizer que Dilma e Serra são parecidos.
Marina estava bem descontraída, ao contrário das outras vezes em que foi questionada abertamente. Pediu para os eleitores de Lula continuarem votando num Silva, mas dessa vez nela, que carrega o mesmo sobrenome do presidente. E riu ao ter de responder a uma internauta que queria saber se ela não deveria ter de fazer uma mudança radical no visual, como fizeram os demais candidatos. “Cada um procura se vestir da forma que se sente bem. É assim que eu me sinto bem. Já fiz umas pequenas alterações na aparência, principalmente no penteado (ela retocou recentemente os fios brancos). Acho que meu estilo é meio tribal”, brincou. Ao se referir à internauta que fez o questionamento, Marina disse que ela “se esforçou para ser educada”.
Apesar de ter tido vários embates políticos com Dilma Rousseff, quando ambas eram ministras do governo Lula, Marina disse que o ponto de vista sobre meio ambiente defendido à época pela adversária refletia um posicionamento do PT. Uma das brigas mais polêmicas das duas refere-se à questão dos transgênicos, com Marina posicionando-se de forma contrária. “Não colocaria o foco na pessoa da Dilma e sim numa visão do partido”, afirmou.
A candidata foi questionada também sobre um possível apoio a José Serra no segundo turno, mas se esquivou de responder às perguntas, dando a entender que estará na segunda fase da disputa. “Só falo de segundo turno no segundo turno.” Sobre a suposta condescendência ao PSDB, foi evasiva. “Esforço-me para ser justa. Temos que reconhecer os ganhos de cada um. Lula fez o país crescer e distribuir renda. Fernando Henrique Cardoso estabilizou a economia. Mas nenhum dos dois soube agregar a questão da sustentabilidade.”
Marina se mostrou à vontade ao ter de se posicionar sobre temas polêmicos, apesar de ser evangélica, mas preferiu ficar em cima do muro nas questões mais debatidas e cobradas por segmentos da sociedade. Disse, por exemplo, não ter opinião formada sobre a adoção de crianças por casais gays. “A minha tendência é sempre ficar do lado da criança”, ressaltou. Sobre descriminalização das drogas, afirmou ser terminantemente contra, mas também “não satanizo quem é a favor”.
A candidata se disse contra o casamento gay, apesar de defender os direitos civis de pessoas do mesmo sexo. Sobre a legalização do aborto, ela recomenda que seja feito um plebiscito, mas se disse contrária à interrupção da gravidez.
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