Não perde a pose
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), admite o colapso dos serviços que a cidade deveria prestar à população e aos peregrinos durante a Jornada Mundial da Juventude, mas não perde a pose: “Quando não é perfeito, fica mais perto de zero do que de 10. Não estou dando nota zero, mas temos a obrigação de ser perfeito. Esse é meu papel, eu trabalho para a perfeição”, disse ontem, ao fazer o diagnóstico de desastre que foi o planejamento do evento, cujo encerramento amanhã acabou transferido de Mangaratiba para Copacabana.
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Na quinta-feira, Paes minimizou os problemas e ironizou as dificuldades enfrentadas pelos fiéis para se locomover em direção aos locais dos eventos protagonizados pelo papa Francisco. Segundo ele, os peregrinos teriam mesmo que caminhar. Os eventos foram transferidos às pressas da Zona Oeste para a Zona Sul, em razão da chuva que provocou alagamento no Campo da Fé, em Santa Cruz, região de Mangaratiba. O local amanheceu na quinta-feira tomado pela lama.
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Paes não foi o único responsável pela escolha do local, região que ainda tem algumas características de zona rural, mas hoje é a fronteira da expansão urbana da cidade, mesmo sem a infraestrutura adequada, por causa da ampliação do metrô para a Barra da Tijuca. Mas desprezou aquela que seria a opção mais sensata, a Candelária, que garantiria não apenas acesso mais fácil por meio de ônibus, metrô e trem, como também facilitaria o trabalho da segurança. Como prefeito do Rio, diante da envergadura do evento, Paes deu a palavra final.
O algoz
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está convencido de que o seu antecessor no governo Lula e ex-chefe da Casa Civil do atual governo Antônio Palocci (foto) é o principal responsável pelas articulações para substituí-lo. O candidato do ex-ministro seria o diretor do Banco Mundial Otaviano Canuto, que foi secretário de Relações Internacionais do Ministério da Fazenda em sua gestão. O economista está em férias com a família, em Toulouse, França, e se diz surpreendido pela informação.
Cassação
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Samuel Moreira (PSDB), apesar da liminar concedida pelo presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, não desistiu de cassar o mandato do vice-governador Guilherme Afif Domingos (foto), do PSD, que acumula o cargo com o de ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República. A Assembleia recorrerá ao plenário da Corte.
Pagar para ver// Apesar das pressões e dos conselhos para antecipar a reforma ministerial, inclusive do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff não quer mexer no governo antes de dezembro. Argumenta que teria que fazer duas reformas até as eleições, e que isso seria uma rendição ao PMDB.
Mais Médicos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, comemora a grande adesão dos prefeitos ao programa Mais Médicos. Apesar dos protestos de entidades médicas, 3.511 municípios (63%) se inscreveram na iniciativa, que se propõe a distribuir profissionais pelo país. A Região Norte teve a maior participação de seus municípios (73%). O governo pretende investir, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde. Espanha, Argentina e Portugal são os países que mais aderiram ao polêmico programa.
Diplomas
Das 18.450 inscrições no programa Mais Médicos do Ministério da Saúde, 8.307 apresentaram números inválidos de registros em conselhos regionais de medicina, o equivalente a 45%
Para menos
O esforço fiscal do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), no primeiro semestre deste ano, somou R$ 34,372 bilhões. O resultado é 28,3% inferior ao do mesmo período de 2012 e representa o menor superavit primário desde 2010, quando a economia de recursos atingiu R$ 24,897 bilhões nos seis primeiros meses do ano.
Polícia/ O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) quer retomar o debate sobre a desmilitarização da polícia em Brasília na volta do recesso. O deputado é autor do Projeto de Lei n° 4.471/12, que propõe um controle maior do uso do auto de resistência, utilizado para registrar as mortes ocorridas durante o trabalho policial.
Na rede/ A Força Sindical pretende utilizar as redes sociais para dialogar e mobilizar os sindicatos e militantes. Na quinta-feira, realizou um encontro nacional para discutir a política de comunicação do movimento sindical, que sempre teve uma imprensa muito atuante. O Congresso da Força reuniu mais de 4 mil lideranças sindicais de todo o Brasil, em Praia Grande, Litoral Paulista.
Posse/ Tomou posse ontem a nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, o maior do país, com 260 mil trabalhadores na base. Miguel Torres, com mandato de quatro anos, é o novo líder dos metalúrgicos de São Paulo.
Fonte: Correio Braziliense
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