Enquanto os jornais se divertem e os institutos de pesquisas faturam, nós opinamos, embora saibamos , “ad nauseam” ( a dar enjoo ), na teoria e na prática, que essas pesquisas feitas um ano antes do pleito expressam o passado e o presente ( e este amanhã será passado ), e não indicam nada, ou quase nada, do futuro. Mas os leitores eleitores, ao menos os poucos que estão no momento atual preocupados com o que vai acontecer nas próximas eleições, se sentem atraídos pelos números que são apresentados.
Já que estamos opinando, vamos falar sobre o passado e o presente. Para o futuro nem sabemos se o candidato é o Lula, ou a Dilma, se é o Aécio ou o Serra, se é o Eduardo Campos ou a Marina. E quem sabe mais quem?
Em pesquisas anteriores, ainda mais longe do pleito, Dilma ( e Lula ) estava nas alturas. Mas ainda no primeiro semestre já se começaram a sentir os efeitos das dificuldades econômicas do país. No entanto queda mesmo foi depois das manifestações de meados do ano, com a avaliação positiva do governo caindo à metade e a negativa empatando com ela. Em Setembro houve uma recuperação da presidente em 25% do que havia perdido de sua avaliação positiva. Em outubro o quadro se manteve, isto é, os 75% perdidos continuaram perdidos, nada de recuperação. Até pelo contrário, a avaliação negativa, de setembro para outubro, cresceu um pouco. Quer dizer, não foi a nocaute mas se levantou apenas quando a contagem já chegava aos 9 e foi salva pelo gongo. Mas continua grogue, apesar da brutal exposição em toda mídia, diariamente, “como nunca antes nesse país”.
Significativo dessa situação é que, em qualquer cenário atual, Dilma fica em um primeiro turno em 40% de intenções de voto, ou um pouco menos e fica com um pouco mais de 40% nas hipóteses de segundo turno. Vale dizer, mais da metade do eleitorado nacional não pretende sufragá-la. Não é, para ela, uma situação confortável, principalmente se levando em conta que é a presidente, candidata à reeleição, e é quase a única voz que se ouve.
Vice-presidente nacional do PSDB
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