quinta-feira, 21 de novembro de 2013

PSD de Kassab oficializa apoio à reeleição de Dilma

Diretórios de Minas, Rio, Pernambuco e Acre, no entanto, ainda resistem à união com petistas em seus estados

Catarina Alencastro, Chico de Gois

O PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab antecipou o calendário eleitoral e anunciou ontem, oficialmente, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A legenda afirmou que a aliança não significa, no momento, interesse por cargos, mas o próprio Kassab deixou claro que, num eventual segundo governo da petista, o PSD pretende indicar representantes do partido para o Ministério. Mas, se depender da boa vontade da presidente, o PSD poderá ganhar espaço na Esplanada já na reforma ministerial de janeiro.

Kassab se esforçou para dizer que o partido havia decidido de forma unânime o apoio a Dilma, mas há diretórios que já sinalizaram o contrário: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Acre. No primeiro caso, a ideia é lançar um candidato de oposição ao governador Sérgio Cabral e o palanque não seria de Dilma; em Minas, o PSD pode optar por embarcar na candidatura de Aécio Neves (PSDB); em Pernambuco, há uma tendência em apoiar Eduardo Campos (PSB); e, no Acre, ainda há divisão.

Para o ex-prefeito paulistano, no entanto, essas dissidências resumem-se a situações locais e não vão modificar a decisão da maioria. Dilma, que participou do evento na hora do almoço, negou que estivesse fazendo campanha e agradeceu ao aliado: — Ele (o apoio) é importante também para a minha governabilidade. Eu preciso deles nos 13 meses. Preciso muito.

O PSD foi o primeiro partido a aderir publicamente a Dilma — à exceção do PT, legenda da presidente —, mas Kassab nega que tenha adiantado o anúncio, que apenas confirma a tendência já verificada há meses nos encontros regionais. O anúncio oficial de apoio acontece num momento em que as relações de Kassab com o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estão estremecidas por conta das investigações que conduziram à descoberta de um esquema de corrupção envolvendo fiscais e supostamente ex-auxiliares do ex-prefeito.

Fonte: O Globo

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