• A polarização da campanha de 2014 se estendeu para o Congresso e acabou mantendo aceso o espírito de disputa eleitoral no País
Valmar Hupsel Filho - O Estado de S. Paulo
A polarização da campanha de 2014 se estendeu para o Congresso e acabou mantendo aceso o espírito de disputa eleitoral no País. Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta um processo de judicialização do resultado das urnas, com ações questionamento a legitimidade de seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seu adversário, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), frequentemente cita as eleições em suas críticas à presidente.
Na maioria dos pronunciamentos feitos no plenário do Senado, o tucano critica ações do governo e procura relacioná-las à campanha do ano passado. Na semana passada, por exemplo, Aécio afirmou que o governo petista adotou as chamadas pedaladas fiscais “única e exclusivamente para vencer as eleições”. Por sua vez, integrantes do governo e a própria Dilma, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se defendem das críticas alegando que a oposição “não desceu do palanque.
Em 2015, Aécio assinou a coautoria de cinco projetos no Senado, entre eles o que propõe o fim da reeleição e a unificação dos mandatos de cargos executivos em cinco anos, ambos citados na campanha. A assessoria do senador argumentou que a quantidade dos projetos apresentados não é sinônimo da qualidade da atividade parlamentar.
Marina. Alçada à condição de candidata com a morte de Eduardo Campos (PSB), de quem era vice na chapa, a ex-ministra Marina Silva chegou a ocupar o primeiro lugar na disputa com a proposta de se firmar como terceira via - uma alternativa à tradicional polarização PT versus PSDB. Mas após a eleição, na qual terminou em terceiro lugar e apoiou Aécio no 2.º turno, a ex-ministra submergiu.
Em 2015, Marina obteve no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro da Rede Sustentabilidade, partido que conta hoje com cinco deputados. Hoje, a ex-ministra se dedica ao papel de dirigente partidária.
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