• Já Aécio não descarta apoio do PSDB a aliado de Cunha
Leticia Fernandes – O Globo
-BRASÍLIA- Na batalha pela sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara, PT e PSDB, que cogitaram união em torno de uma candidatura alternativa ao centrão, estão no momento em rumos opostos. Boa parte da bancada do PT vê com bons olhos o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro da Saúde do governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, embora as negociações para apoiar Rodrigo Maia (DEM-RJ) estejam avançadas. Já o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não descarta que o partido apoie um aliado de Cunha.
Apesar de ser do PMDB, Castro se licenciou do ministério e voltou à Câmara para votar contra o impeachment de Dilma, e é desafeto de Cunha. Castro registrou ontem sua candidatura à presidência da Câmara, e afirmou a petistas que conseguiria arregimentar pelo menos 40 votos na bancada do PMDB. Se isso ocorrer, o PT pode apoiá-lo, mas isso só será decidido em uma reunião de bancada na segunda-feira.
— Claro que para nós é melhor votar em alguém que não apoiou o impeachment, e Marcelo Castro é um nome ótimo. Se não vetamos o nome do Rodrigo Maia, imagina o do Marcelo Castro? — disse o líder do PT, Afonso Florence (BA).
Aécio disse que a eleição para um mandato-tampão não é prioridade para o PSDB, que deve concentrar suas forças para a sucessão em fevereiro de 2017:
— O que queremos é que a Câmara volte a funcionar. Neste momento, somos um partido da base do presidente Michel Temer. Não seremos o partido da discórdia.
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