terça-feira, 28 de novembro de 2017

Alckmin assume PSDB por candidatura, mas aproximação de Meirelles e Maia ameaça o tucano

Painel / Folha de S. Paulo

Campo minado Geraldo Alckmin assumirá o PSDB para tentar salvar sua candidatura ao Planalto, mas o estrago produzido pela autofagia da sigla é tão grande que a tarefa tornou-se hercúlea. Michel Temer enviou um recado claro ao governador no fim de semana. Hoje, disse, a chance de uma aliança em 2018 é remotíssima. Cientes disso, duas peças se movem: Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Henrique Meirelles (Fazenda). Se, com o suporte do PMDB, eles se alinharem, abalarão muito o potencial do tucano.

Não se afobe, não Aliados do ministro e do democrata dizem que eles têm um encontro marcado para depois da votação da Previdência. Enquanto o PSDB travava uma corrida contra o próprio rabo, Maia tornou-se forte influenciador do centrão, grupo sem o qual não se decide nada em Brasília.

Nosso tempo Michel Temer acompanha o alinhamento de Maia e Meirelles com entusiasmo, mas pediu ao ministro que não discuta qualquer assunto relacionado à eleição até março do ano que vem. Quer desvincular da briga sucessória a proposta que muda as aposentarias.

Dividir e reinar A ascensão de Alckmin à presidência do PSDB abriu nova disputa interna, desta vez pelos cargos da executiva. O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) foi orientado a não bater o martelo a favor do paulista até obter garantia de que seus apoiadores seriam contemplados na direção da sigla.

Dividir e reinar 2 O Instituto Teotônio Vilela, hoje presidido por José Aníbal (SP), entrou na mira do grupo ligado a Tasso Jereissati (PSDB-CE). Uma ala defende que a verba do ITV seja redirecionada para a campanha eleitoral de 2018 e que Tasso assuma o órgão.

Tenho dito Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) dá sinais de que só sairá da pasta quando sentir que o desembarque será assimilado como decisão dele. Aliados dizem que ele recorre a uma frase de Tancredo Neves quando brinca sobre o assunto: “Empurrado eu não vou!”.

Sem concorrência O procurador-chefe do Cade, Walter de Agra, quer alterar o regimento interno para nomear o filho de seu sócio em um escritório de advocacia como coordenador-geral de Matéria Administrativa do órgão. Hoje, só procuradores federais podem ocupar o posto. Gustavo Benevides, o nome de Agra, é advogado.

Nada consta A alteração no regimento foi proposta na semana passada e deve ser votada dia 13 de dezembro. O processo corre em sigilo. Procurado, o Cade informou que trata-se de “questão meramente administrativa”.

Seu de direito Entidades que representam servidores públicos, como o Sinafresp e a Anfip, foram à Justiça tentar derrubar a publicidade do governo sobre a reforma da Previdência. Alegam que ela “coloca na conta dos servidores o rombo” da área.

Gente nossa Em meio às discussões sobre as novas regras de aposentadoria, o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), emplacou o novo presidente do INSS. A nomeação de Francisco Paulo Soares Lopes será publicada nesta quarta (29).

Vem comigo A Rede sonha que, agora fora da corrida pelo Planalto, Luciano Huck apoie Marina Silva.

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