Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo
O Senado prepara uma resposta ao procurador Carlos Fernando, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que tem usado as redes sociais para criticar congressistas. Um grupo de senadores se articula para dar o troco aprovando as dez medidas contra a corrupção. O pacote foi proposto pelo Ministério Público, mas desconfigurado pelos deputados. Esses senadores defendem a possibilidade de a Polícia Federal fechar delação, o que contraria o MP, e a exigência de que os depoimentos sejam acompanhados por um juiz ou ministros do STF ou STJ.
» Flechadas. No dia 31 de outubro, por exemplo, o procurador Carlos Fernando postou no Facebook: “Governar com o Congresso é o eufemismo para a compra de apoio parlamentar. Já vimos isso em governos anteriores”.
» Da tribuna. Em 27 de outubro, afirmou: “Agora o foro dos parlamentares é duplamente privilegiado, pois são julgados pelo STF, mas este órgão não pode prendê-los. Absurdo”, sobre a decisão do Supremo de submeter ao Congresso medidas cautelares.
» Com a palavra. O procurador Carlos Fernando disse à Coluna que “prefere não comentar o assunto”.
» A gente tenta. O governo está em busca de uma agenda que levante a autoestima dos brasileiros para evitar que o clima de “fora tudo” contamine as eleições.
» Cases... Só falta o presidente Michel Temer dar seu aval para o governo colocar na rua cinco campanhas publicitárias: Agora, é Avançar, Rio de Janeiro a Janeiro, Modernização Trabalhista, PIS-Pasep, Salvação da Previdência.
» ...de sucesso. A campanha que faria uma analogia às seleções de Tite e Felipão foi remodelada após os dois ameaçarem processar o governo. Agora chamada de “campanha da virada”, a peça publicitária não terá menção aos dois técnicos.
» De virada. O vídeo já está pronto. A mensagem diz: “2015, a inflação estava em dois dígitos, a Petrobrás tinha sido saqueada, roubada e destruída, o desemprego crescente e a taxa de juros estava em 14,25%. Mas aqui é Brasil. Viramos esse jogo. #juntosfazemos”.
» Incrédulos. Ao menos dois ministros souberam com antecedência por assessores que a ministra Luislinda Valois havia comparado sua situação no governo a trabalho escravo, mas acharam que era uma brincadeira. Ambos tomaram um susto quando descobriram que o fato era real.
» Descontrole. Após a Coluna revelar o documento no qual Luislinda pede para receber R$ 61,4 mil, soma do salário de ministra com a aposentadoria, um ministro concluiu que foi uma semana de surto. Depois de Torquato Jardim foi a vez dela.
» Jogando parado. Relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA) não vai tratar formalmente do tema até que a base do governo defina a data da votação no plenário. O deputado avisou ao Palácio do Planalto que já pagou alto custo político com o tema.
» Papo reto. O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), vai direto ao ponto. “Se algum parlamentar está dizendo ao presidente Michel Temer que a reforma da Previdência tem chance de ser aprovada na Câmara, está mentindo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário