O Estado de S. Paulo.
Até agora, a responsabilidade fiscal se traduziu apenas no esforço de elevar receitas
O Brasil pode perder a oportunidade de
surfar uma maré favorável da economia global em 2023, com a expectativa de que
uma recessão mundial deverá ser evitada e de que a inflação seguirá
desacelerando, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantenha um discurso
bélico contra o Banco Central e o seu governo não apresente uma proposta crível
de um novo arcabouço fiscal.
Nas últimas semanas, o preço de vários ativos de risco, como as Bolsas de Valores mundiais e moedas de países emergentes, vem registrando consistente alta com surpresas positivas nos indicadores de atividade econômica, com índices de inflação cedendo e com a aposta crescente de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) está perto do fim.
Em janeiro, o Ibovespa subiu 3,37%, e o
dólar caiu 3,85%. No auge do otimismo com sinais mais suaves dados pelo Fed
sobre a trajetória dos juros, a moeda americana chegou a recuar para R$ 4,94.
Mas essa alegria durou pouco, e o dólar iniciou esta semana acima de R$ 5,17.
Boa parte desse movimento foi atribuída à
fala ácida de Lula contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto, depois que o
Copom manteve inalterada a taxa Selic em 13,75% e endureceu a sinalização sobre
a política monetária, citando incertezas fiscais, o que fez o mercado adiar
apostas sobre corte de juros.
Na semana passada, Lula reclamou do nível
dos juros, atacou a independência do BC e chamou Campos Neto de “esse cidadão”.
Também criticou a meta de inflação por ser baixa demais. Nesta semana, voltou a
disparar: “É uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram
para a sociedade brasileira”.
Toda essa artilharia vem deixando
investidores e analistas nervosos, além de contribuir para elevar as projeções
de inflação, que estão cada vez mais distantes das metas deste ano e de 2024.
Sem falar que pressiona os juros futuros de médio e longo prazos. Também vem
agravando a situação a incerteza sobre o regime fiscal que deverá substituir o
teto de gastos. Até agora, a responsabilidade fiscal proclamada por Lula se
traduziu apenas no esforço de elevar receitas. O mercado quer ver também um
compromisso de cortar gastos.
Assim como a independência do Executivo, do
Legislativo e do Judiciário, a autonomia do BC aprovada pelo Congresso é uma
instituição. Como Lula bem percebeu, o fracasso da tentativa de golpe nos atos
antidemocráticos de 8 de janeiro foi devido, em grande parte, ao pleno
funcionamento das instituições. O destempero de Lula contra o BC custa caro ao
País.
6 comentários:
Pobre país este nosso. Sai um presidente que é uma vergonha para nós na sua completa ignorância. Entre outro que não passa de um ventríloquo do que outros lhe sopram e dispara a falar asneiras pois não tem a mínima ideia do que está falando. Alguém acha que ele sabe o que é taxa de juros?Vamos ficar só por aqui. “Estou convencido…” Deus nos livre
Lula aderiu totalmente ao Bolsonaro,
com ele aprendeu a mágica que dólar alto é tudo que a inflação necessita para se elevar. Inflação elevada gera arrecadação maior de Impostos é tudo que ele precisa, já que o PT só funciona com muita grana. Simplesmente isto. No fundo, no fundo, ele tem inveja da ousadia do Bolsonaro e agora saculeja a poeira e da volta por cima do cadáver do governo do Bozo o imitando. Só isso para explicar a língua grande que não cabe na boca
É como perpetuou alguém que captou tudo, Lula calado é um poeta.
Falácia da Falação do Lula FFL
🎼Falem mal mas falem de mim 🎼
Lula sabe bem o que fala.
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