O Estado de S. Paulo
STF bombardeia a Lava Jato até não sobrar um tijolo, prisão, condenação e... multa
Na sexta-feira à noite, no escurinho do
cinema, o ministro do STF Dias Toffoli lançou mais uma bomba, em meio à decisão
de Alexandre de Moraes sobre a volta do X, eleições na reta final, o debate
crescente sobre os riscos das bets e o ataque de Israel à capital do Líbano: a
anulação de todos os processos contra Léo Pinheiro, ex-presidente da
empreiteira OAS.
Ex-advogado do PT, Toffoli foi nomeado para o Supremo nos primeiros mandatos do presidente Lula, mas votou contra o partido na época da Lava Jato, impediu Lula de sair da prisão para ir ao velório do irmão e agora se açoita anulando condenações e multas da Lava Jato. Uma reviravolta e tanto, ou um pedido de perdão?
Já Léo Pinheiro, capturado pela Lava Jato,
foi o empreiteiro mais próximo de Lula, a quem visitava no sítio de Atibaia
para bater altos papos e tomar uns drinks. Resistiu o quanto pôde a fazer
delação premiada, mas cedeu depois de Marcelo Odebrecht abrir a fila e o bico.
Sua delação, só aceita quando ele incriminou Lula, foi decisiva para a
condenação e prisão do ex e atual presidente, por corrupção passiva e lavagem
de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá – onde, aliás, ele não morava, nunca
tinha morado e nunca iria morar.
É assim que a Lava Jato, comemorada como a
maior operação contra a corrupção do Brasil, quiçá do mundo, continua sendo
bombardeada até o último tijolo. O então juiz Sérgio Moro e os procuradores
viraram vilões, inclusive com a perda de mandato de Deltan Dallagnol na Câmara.
E todos os políticos e empreiteiros foram soltos e a fase de anular delações e
acordos de leniência avança rapidamente. Com a correspondente anulação de
multas.
Léo Pinheiro, por exemplo, foi condenado a 30
anos, ficou três anos e quatro meses preso e pede, além da invalidação das
penas, também da multa de R$ 45 milhões da OAS, mais uma vez seguindo a trilha
da antiga Odebrecht. É como se a corrupção não tivesse existido, as delações
fossem mentirosas, os acordos de leniência e as provas, fakes, as multas,
indevidas. Uma volta no tempo, apagando tudo.
Se as grandes empreiteiras e seus donos foram ao fundo do poço e voltam à tona, a J&F e os irmãos Wesley e Joesley Batista jamais saíram do topo, de seus aviões e iates, e continuam multiplicando seu patrimônio, estimado em R$ 20 bilhões – cada um. Pode ser coincidência, mas, enquanto os empreiteiros denunciaram PT e Lula na Lava Jato, os irmãos do frigorífico desviaram o foco para o então presidente Temer e o ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves. Como estarão os negócios de Wesley e Joesley no Lula 3?
3 comentários:
Tiveram que reabilitar um ladrão condenado em três instâncias por nove juízes há mais de 20 anos de cadeia pra enfrentar e vencer o Bolsonaro , contando com toda força do sistema e aí está a situação
Toda lava jato e as condenações por corrupção com sobras de prova estão sendo anuladas
O STF com sete pessoas nomeadas pelo PT , estão mandando em nosso país atropelando o executivo e o legislativo principalmente a Constituição Federal, sempre leis ando para os seus amigos e cunho de ferro para o oposição brasil hoje tem centenas de presos políticos sem uma acusação e condenação dentro do processo legal
👍👍👍👍👍
Jesus!
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