domingo, 29 de setembro de 2024

Eliane Cantanhêde - Aos amigos, tudo!

O Estado de S. Paulo

STF bombardeia a Lava Jato até não sobrar um tijolo, prisão, condenação e... multa

Na sexta-feira à noite, no escurinho do cinema, o ministro do STF Dias Toffoli lançou mais uma bomba, em meio à decisão de Alexandre de Moraes sobre a volta do X, eleições na reta final, o debate crescente sobre os riscos das bets e o ataque de Israel à capital do Líbano: a anulação de todos os processos contra Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS.

Ex-advogado do PT, Toffoli foi nomeado para o Supremo nos primeiros mandatos do presidente Lula, mas votou contra o partido na época da Lava Jato, impediu Lula de sair da prisão para ir ao velório do irmão e agora se açoita anulando condenações e multas da Lava Jato. Uma reviravolta e tanto, ou um pedido de perdão?

Já Léo Pinheiro, capturado pela Lava Jato, foi o empreiteiro mais próximo de Lula, a quem visitava no sítio de Atibaia para bater altos papos e tomar uns drinks. Resistiu o quanto pôde a fazer delação premiada, mas cedeu depois de Marcelo Odebrecht abrir a fila e o bico. Sua delação, só aceita quando ele incriminou Lula, foi decisiva para a condenação e prisão do ex e atual presidente, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá – onde, aliás, ele não morava, nunca tinha morado e nunca iria morar.

É assim que a Lava Jato, comemorada como a maior operação contra a corrupção do Brasil, quiçá do mundo, continua sendo bombardeada até o último tijolo. O então juiz Sérgio Moro e os procuradores viraram vilões, inclusive com a perda de mandato de Deltan Dallagnol na Câmara. E todos os políticos e empreiteiros foram soltos e a fase de anular delações e acordos de leniência avança rapidamente. Com a correspondente anulação de multas.

Léo Pinheiro, por exemplo, foi condenado a 30 anos, ficou três anos e quatro meses preso e pede, além da invalidação das penas, também da multa de R$ 45 milhões da OAS, mais uma vez seguindo a trilha da antiga Odebrecht. É como se a corrupção não tivesse existido, as delações fossem mentirosas, os acordos de leniência e as provas, fakes, as multas, indevidas. Uma volta no tempo, apagando tudo.

Se as grandes empreiteiras e seus donos foram ao fundo do poço e voltam à tona, a J&F e os irmãos Wesley e Joesley Batista jamais saíram do topo, de seus aviões e iates, e continuam multiplicando seu patrimônio, estimado em R$ 20 bilhões – cada um. Pode ser coincidência, mas, enquanto os empreiteiros denunciaram PT e Lula na Lava Jato, os irmãos do frigorífico desviaram o foco para o então presidente Temer e o ex-candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves. Como estarão os negócios de Wesley e Joesley no Lula 3?

3 comentários:

Anônimo disse...

Tiveram que reabilitar um ladrão condenado em três instâncias por nove juízes há mais de 20 anos de cadeia pra enfrentar e vencer o Bolsonaro , contando com toda força do sistema e aí está a situação
Toda lava jato e as condenações por corrupção com sobras de prova estão sendo anuladas
O STF com sete pessoas nomeadas pelo PT , estão mandando em nosso país atropelando o executivo e o legislativo principalmente a Constituição Federal, sempre leis ando para os seus amigos e cunho de ferro para o oposição brasil hoje tem centenas de presos políticos sem uma acusação e condenação dentro do processo legal

Anônimo disse...

👍👍👍👍👍

ADEMAR AMANCIO disse...

Jesus!