“ Talvez seja útil distinguir “praticamente” entre a filosofia e o senso comum, para melhor indicar a passagem de um momento para o outro. Na filosofia, destacam-se notadamente as características de elaboração individual do pensamento; no senso comum, ao contrário, destacam-se as características difusas e dispersas de um pensamento genérico de uma certa época em um certo ambiente popular. Mas toda filosofia tende a se tornar senso comum de um ambiente, ainda que restrito (de todos os intelectuais). Trata-se, portanto de elaborar uma filosofia que – tendo já uma difusão ou possibilidade de difusão, pois ligada à vida prática e implícita nela – se torne um senso comum renovado com coerência e o vigor das filosofias individuais. E isto não pode ocorrer se não se sente, permanentemente, a exigência do contato cultural com os “simples”. "
(Antonio Gramsci, Cadernos do Cárcere, págs.100-1, Volume – Editora Civilização Brasileira, 4ª edição, - Rio de Janeiro, 2006)
Política e cultura, segundo uma opção democrática, constitucionalista, reformista, plural.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Reflexão do dia – Antonio Gramsci
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