Lula é hoje o preferido de 57% dos eleitores para ser o candidato a presidente pelo PT em 2014. De acordo com o Datafolha, Dilma Rousseff fica com 32%.
Como o Datafolha nunca havia perguntado antes quem deve ser o próximo candidato petista, não é possível saber se a prevalência lulista já foi maior ou menor nem muito menos qual é a curva que vem sendo descrita. Mas há alguns indicadores que revelam como o cenário atual poderá evoluir.
Um fator relevante é a aprovação de 64% do governo Dilma e a velocidade da petista para chegar a esse patamar: apenas 15 meses. Já Lula só atingiu tal percentual no segundo mandato, em setembro de 2008 -69 meses depois de haver assumido o Palácio do Planalto.
Mesmo isolando o segundo mandato de Lula, foi aos 21 meses de governo que ele chegou aos 64% de Dilma. Já o tucano Fernando Henrique Cardoso nunca teve aprovação nesse nível -seu recorde foi de 47% em dezembro de 1996, taxa atingida 24 meses depois da posse.
Desde a volta do país à democracia, em 1985, e em toda a série histórica de levantamentos do Datafolha, nunca um presidente atingiu tão rapidamente a popularidade que Dilma ostenta agora.
Como o bem-estar geral da população é um fator preponderante na aprovação de um governo, nada indica um solavanco para Dilma nos próximos meses. Ao contrário. O Planalto tenta de todas as formas anabolizar o crescimento do país. A chance de o Natal deste ano ser mais próspero que o de 2011 é enorme.
Existe sempre a possibilidade de crise política com a CPI do Cachoeira, mas essa é uma seara mais imprevisível do que a economia.
Tudo considerado, a estrada está pavimentada para Dilma avançar. O difícil é saber como reagirão o PT lulista e o próprio Lula quando a presidente alçar voo próprio e ganhar independência eleitoral.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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