Beneficiada, Marina não quis comentar pesquisa
Provável adversário de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou ontem que a queda da popularidade da presidente mostrada na última pesquisa Datafolha é reflexo de uma insatisfação dos brasileiros com a classe política em geral. Num tom cauteloso, Aécio declarou, por meio de nota, que a população está reagindo à falta de respostas efetivas aos problemas enfrentados ao longo de anos e que o quadro deve ser analisado com humildade e responsabilidade por todos.
"As pesquisas indicam o que os protestos que mobilizam o país já mostravam: uma insatisfação dos brasileiros que, acredito, não seja apenas com relação à presidente Dilma, mas com a classe política como um todo, em razão da ausência de respostas efetivas aos problemas enfrentados pelas pessoas. São déficits acumulados ao longo de anos. Cabe a todos nós analisarmos com humildade e responsabilidade esse importante recado", disse o senador, em nota.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que a queda da popularidade da presidente deixa claro que o cenário eleitoral de 2014 não está resolvido.
- Quem imaginava que 2014 estava resolvido errou. E quem acha que a queda na popularidade de Dilma significa uma alternância da polarização entre PT/PMDB e DEM/PSDB também está errado. As ruas querem participação direta nas decisões do país - afirmou o senador.
Em tom bem mais duro, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que a queda na aprovação da presidente Dilma Rousseff indica que chegou a hora de ela começar a governar.
- É um sinal amarelo, um alerta. Um sinal de que está na hora de ela governar - disse o tucano.
Para Aloysio, a presidente deve mudar a sua agenda e deixar de lado encontros com marqueteiro para se preocupar com os problemas reais que afligem o país, como a situação da economia:
- É a hora de trabalhar.
Maior beneficiária na pesquisa de intenção de voto para presidente, a ex-senadora Marina Silva se recusou a comentar o resultado do levantamento. Um de seus principais aliados, o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ) afirmou ser "muito cedo" para fazer prognósticos para a eleição.
Fonte: O Globo
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