quinta-feira, 29 de maio de 2014

Panorama político - Ilimar Franco

- O Globo

O PSB está sobrando
O PSDB paulista definiu que, se tiver de escolher, fica com o PSD em detrimento do PSB. Concluiu que eleitoralmente Gilberto Kassab acrescenta mais, inclusive tempo de TV, se for o vice. Os socialistas acusaram o golpe e culpam o presidenciável Aécio Neves pelo provável desfecho. Alegam que ele vetou o PSB para não criar a sensação de duplo palanque na campanha de Geraldo Alckmin.

O caminho das pedras
Independente da eleição presidencial, o PT e o PMDB devem manter as maiores bancadas na Câmara. O cientista político Ricardo Guedes, do Instituto Sensus, sustenta que o item que mais pesa no processo é a articulação do candidato com suas bases eleitorais (50%), depois a disputa pelo governo estadual (40%) e, por fim, o pleito presidencial (10%). A baixa renovação também contribui para esta estabilidade relativa. Guedes explica que numa pesquisa dois terços dos entrevistados defendem a mudança, mas que na prática a renovação fica entre 20% e 30%. Por isso, quem tiver mais máquina, para oxigenar sua base política, deve ampliar sua bancada em outubro.

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“Há muito mau humor nas ruas. Isso representa uma oportunidade. O nosso desafio é mobilizar este sentimento para votar pela mudança”
Eduardo Campos
Candidato do PSB à Presidência da República
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Quebrando pratos
O PMDB foi surpreendido com a proposta do PT de incluir a regulação da mídia na sua proposta de programa de governo. O aliado é contra. Alega que a iniciativa afeta a democracia. E entre seus dirigentes há proprietários de TVs e jornais.

É a volta do cipó...
A presença de Marina Silva na chapa, não é a única razão pela qual o comando da campanha de Eduardo Campos (PSB) aposta no seu crescimento em São Paulo. Seus estrategistas acreditam que José Serra e o governador Geraldo Alckmin não vestirão a camisa. Eles dizem que o “Lulécio” e a “Dilmasia” vão agora se voltar contra Aécio Neves.

Mesura
O governador Luiz Fernando Pezão (RJ) caprichou em jantar no Jaburu. Primeiro, disse que Lula foi um excelente presidente porque levou o Rio ao céu. Depois, que Dilma é melhor porque está levando o Rio para acima do céu.

Juras de fidelidade
A direção do PMDB canta em prosa e verso que, independente dos palanques regionais, o apoio à reeleição vencerá a convenção nacional de 10 de junho. Anteontem, no Jaburu, na presença da presidente Dilma, adversários do PT nos estados abriram o voto e declararam que estão fechados com o vice-presidente Michel Temer.

Turbulência à vista
Os políticos do PMDB contam que no jantar com a presidente Dilma, lá pelas tantas ela se dirige ao presidente da Câmara, Henrique Alves, e diz: “Eu queria muito vê-lo governador do Rio Grande do Norte”. Lá, o PT é adversário dos peemedebistas.

Estímulo à economia
Sobre a desoneração da folha, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) explica: “Não prejudica estados e municípios, não favorece os importados e reduz o Custo Brasil”. Ele avalia que o governo deveria desonerar outras folhas.
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No sábado passado foi em Brasília. Neste, a presidente Dilma participará de encontro com a Juventude organizado pelo PT de São Paulo.

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