sábado, 4 de julho de 2020

Luiz Paulo Costa - Em defesa da democracia e Constituição

- (O VALE, 4 a 10/julho/2020, pág. 6)

O cenário político aponta para a necessidade da formação de frentes democráticas para a defesa do Estado Democrático de Direito e da Constituição de 1988. Elas poderão ser criadas desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais e também em instituições da sociedade como empresas, sindicatos, escolas, bairros, condomínios, etc.

O importante é mostrar que as forças democráticas, mesmo com as restrições da pandemia da covid-19, estão atentas contra qualquer iniciativa de retrocesso político nos avanços conquistados neste que é o maior período de liberdades democráticas do Brasil.

O ideal é que fosse uma Frente Ampla, ao exemplo da uruguaia, que governou o País por longos anos e mesmo perdendo as eleições para a oposição demonstrou que conseguiu melhorar até os adversários. De forma a ser possível a união de todos no País, governo e oposição, no combate ao novo coronavírus, o que foi impossível no Brasil.

É fato que, desde o “mensalão”, a política passou a ser um caso de polícia no País, atingindo dezenas de partidos e seus integrantes. Uma Frente Ampla qualificada e duradoura, inclusive para pleitear o governo em eleições, precisa ser formada com tempo de maturar princípios e valores que recuperem a política junto à população.

Portanto, o que nos une hoje de imediato é a defesa da democracia, que garante o ar que respiramos para salvar a política como a arte e a ciência de governar para todos e deixar de ser um caso endêmico de polícia.

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