A despeito das aproximações, há ao menos uma diferença fundamental entre os dois países. Levitsky e Ziblatt vaticinam a ativação planejada de truques pseudolegais por republicanos, convertidos quase integralmente em força antissistema. No Brasil, há mais do que isso. A esfarrapada contestação oficial da urna eletrônica – símbolo da democracia de 1988 – e do caráter essencialmente civil do processo eleitoral faz temer um quadro mais confuso, em que se misturem o manejo arbitrário das regras e a mobilização golpista típica da desafortunada tradição que nos tem condenado à menoridade. Nestes últimos 30 e poucos anos teremos amadurecido o suficiente para resistir?”
*Tradutor e ensaísta, é um dos organizadores das Obras de Gramsci no Brasil - A democracia na América – e no Brasil, O Estado de S. Paulo, 17/7/2022..
Política e cultura, segundo uma opção democrática, constitucionalista, reformista, plural.
terça-feira, 19 de julho de 2022
Opinião do dia - Luiz Sérgio Henriques*
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário