quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lula é a "Alice" que enxerga o fim da crise no Brasil, diz Freire

Valéria de Oliveira
DEU NO PORTAL DO PPS

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, criticou o discurso "eleitoreiro, com objetivo de manter popularidade" que vem sendo feito pelo presidente Lula anunciando o fim da crise econômica no país. "Ele decretou que a crise no Brasil está no fim, quando em nenhum lugar do mundo se tem noção de qual o tamanho dela nem de quando será o seu fim; é uma irresponsabilidade que não tem tamanho, e só pode vir de quem só pensa em si mesmo". Freire chamou Lula de Alice, referindo-se à personagem de Lews Carrol, que ficou famoso no cinema com o filme "Alice no País das Maravilhas".

O próprio presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ao jornal Valor Econômico que ainda não se sabe sequer a extensão da crise, mas, conforme Freire ressalta, Lula insiste em sustentar a retórica otimista e "palanqueira" sem se preocupar com o drama do desemprego – que vem aumentando diariamente no país e no planeta – ou com as dificuldades do setor industrial, que acumula perdas por causa da enorme retração nas vendas, o que leva os empresários a demitir. Desde o início, a crise vem sendo tratada pelo governo Lula com irresponsabilidade, diz ele.

Discurso irreal

"Primeiro, havia a tese do descolamento da economia brasileira, quando o presidente disse que a crise era do Bush e nós não tínhamos nada a ver com ela; depois, quando essa tese ficou insustentável, Lula escorou-se no discurso de que os fundamentos da economia brasileira era tão sólidos que só veríamos uma ‘marolinha’; agora, ele insiste em vender ilusões de que o fim chegou, em vez de agir para debelar a crise, acabando com ela no discurso e desprezando a realidade".

O presidente do PPS salientou que se o governo brasileiro quer mostrar alguma coisa ao mundo, deveria se preocupar com a eficiência e a competência para enfrentar a crise, em vez de querer "faturar" eleitoralmente com ela, mentindo sobre um assunto tão importante. "Lula usa táticas que desrespeitam a inteligência das pessoas, como o que fez ao afirmar que São Paulo tem 10% dos analfabetos do país, se fazendo de desinformado para atingir o adversário político, o governador José Serra".

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