Ana Clara Brant – Correio Braziliense
O PSDB de Minas criticou ontem a visita da presidente Dilma Rousseff a Belo Horizonte, a oitava a Minas este ano. De acordo com o partido, as obras inauguradas ou anunciadas pela presidente na mobilidade urbana não têm investimentos do governo federal, ao contrário do que ela (Dilma) tem dado a entender em suas viagens ao estado. Segundo nota divulgada pela legenda em seu site, a governante esteve na cidade para "mais uma vez tentar fazer os mineiros de bobos, ao propagar que é a responsável pelas obras de mobilidade urbana na capital. Na verdade, essas obras estão sendo feitas com recursos próprios da Prefeitura de Belo Horizonte e do governo do estado. Os valores que a presidente diz que direciona para as obras vêm da Caixa Econômica Federal, na forma de empréstimos, que deverão ser quitados pela prefeitura municipal, com juros," afirma o PSDB.
A nota tucana assegura que as provas dessa denúncia podem ser encontradas como Aditivo à Matriz de Responsabilidade assinado entre o governo federal, o governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte. O PSDB acrescenta que esse documento desmascara de vez a tentativa do governo federal de apropriar-se de iniciativas alheias. "Ali está claro que, nas obras de mobilidade urbana, como os BRTs, trata-se apenas de dinheiro emprestado pela Caixa, que obviamente receberá de volta cada centavo investido."
O governo de Minas também teve uma reação forte ao discurso da presidente em Belo Horizonte. Em nota distribuída na noite de ontem, rechaçou com veemência o que chamou de "tentativa do governo federal de transferir para o estado a responsabilidade pela não realização de obras de exclusiva responsabilidade da União no estado, como o metrô e o anel rodoviário."
Compromisso oficial
A Matriz de Responsabilidade foi um documento assinado pelo governo federal com os estados e as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014.
Nele, estão listadas as obras, especialmente as de mobilidade urbana, que os gestores públicos se comprometeram a fazer para garantir a realização do Mundial. A Matriz foi apresentada àFifa como uma garantia da contrapartida do poder público.
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